Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Simone dos Reis Brandão da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-14112019-122932/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Prolapso genital é uma condição que interfere na qualidade de vida. O tratamento cirúrgico em muitos casos é a única opção. Por isso a recidiva é uma variável que deve ser controlada. Para minimizar as recidivas a interposição de telas para reforço da fáscia é uma opção promissora. Porém seu uso não é isento de complicações. Atualmente o uso de telas está em sob análise crítica justamente para controlar benefícios e complicações. O objetivo do presente estudo foi avaliar os resultados comparativos após cinco anos de seguimento de pacientes operadas com reparo com tecido nativo e tela de polipropileno monofilamentar e macroporosa. Bem como a qualidade de vida, a função sexual, as complicações e a taxa de reoperação entre esses grupos. METODOLOGIA: Estudo comparativo, randomizado e multicêntrico incluiu 184 pacientes com prolapso genital severo. Elas foram randomizadas em dois grupos: Grupo 1 realizou reparo com tecido nativo (n=90) e Grupo 2 com tela (n=94). Reparo com tecido nativo foi realizado de acordo com o defeito apresentado e para prolapso apical foi feito a fixação da cúpula vaginal no ligamento sacroespinhal com fio inabsorvível. Para o reparo com tela utilizou-se o Prolift® de acordo com a recomendação do fabricante. Histerectomia foi realizada em todos os casos de prolapso uterino e no caso de uso da tela a mesma foi inserida através da incisão da histerectomia. Cura foi definida quando o ponto de prolapso era <=0 após cinco anos. O questionário de qualidade de vida usado foi o P-QoL e o sexual o QS-F. Ao final de cinco anos de seguimento o Grupo 1 tinha 59 mulheres e o Grupo 2, 63. Análise estatística foi realizada para comparar os resultados em cada grupo separadamente e entre os grupos nos tempos pré e pós-operatório de cinco anos e conforme a característica de cada variável. RESULTADOS: Os grupos eram homogêneos no préoperatório com exceção da variável cirurgia pélvica prévia, que era maior no Grupo 2 (p=0,019). Não houve diferença no intra-operatório quanto ao tempo de cirurgia e complicações. Após cinco anos a taxa de cura foi significativamente melhor para o Grupo 2 no compartimento anterior (p=0,002) e na combinação de todos os compartimentos (p=0,001). O Grupo 1 foi significativamente melhor quando havia associação dos prolapsos no compartimento posterior e apical (p=0,031). Na análise de qualidade de vida, o Grupo 2 apresentou melhora significativa quando comparado ao Grupo 1 (p=0,004). Na função sexual não houve diferença entre os grupos (p=0,120). As complicações foram significativamente maiores no Grupo 2 e a principal foi a extrusão da tela (p < 0,001). As recidivas foram significativamente maiores no Grupo 1 (p=0,001). Quanto à taxa de reoperação não houve diferença entre os grupos (p=0,108), porém o Grupo 1 teve maior taxa de reoperação por recidiva (p=0,031) e o Grupo 2 por complicação (p=0,120). Nas análises de regressão logística não houve interferência da variável cirurgia prévia nos resultados. CONCLUSÕES: Concluiu-se que a interposição de tela para o tratamento do prolapso genital severo foi superior ao reparo com tecido nativo no compartimento anterior e nos prolapsos multicompartimentais no seguimento de cinco anos. Para a associação do prolapso posterior e apical o reparo com tecido nativo foi superior. As complicações foram maiores no grupo operado com tela e as recidivas no grupo operado com tecido nativo. A resposta na qualidade de vida após cinco anos foi melhor no grupo que usou tela. A taxa de reoperação foi semelhante entre os grupos |