A percepção sobre a cidade de São Paulo a partir de suas juventudes periféricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Melo, Patrícia Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-16012024-123416/
Resumo: A pesquisa buscou entender a relação das juventudes periféricas paulistanas com a cidade de São Paulo, a partir da compreensão da paisagem em que vivem. Participaram da pesquisa jovens estudantes da Educação de Jovens e Adultos e residentes na periferia da região noroeste da cidade. Assim, pretendeu-se abordar os conhecimentos referentes às vivências na paisagem e suas expectativas na cidade a partir de seus percursos, de suas experiências, além de entender como se apropriam, criam e recriam o espaço, saber sobre seus destinos, ausências, desejos e questões que os mobilizam. Para tanto, o referencial teórico ancorou-se no conhecimento transdisciplinar entre educação, os estudos da paisagem e do urbano, além dos saberes e experiências do cotidiano. Foi realizado um estudo colaborativo da paisagem por meio de uma metodologia participante. Essa participação ocorreu através da dinâmica dialógica-problematizadora para a compreensão da realidade, a qual se deu por meio de oficina pedagógica. Além disso, também foram realizadas entrevistas e a coleta de dados socioeconômicos dos jovens estudantes do CIEJA Perus 1. A partir das informações obtidas foi possível observar que os jovens apresentam dificuldades de ocupação da cidade de São Paulo, a maioria deles permanece em suas casas no tempo livre. Ao passo que circulam pela cidade, tendem a enfrentar as fronteiras marcadas pelas desigualdades, exclusão, preconceitos e racismo. Entretanto, nas diversas camadas de apropriação da cidade, ressignificam o espaço em busca de prazer e pertencimento. A partir dos resultados obtidos, foi possível concluir que os jovens periféricos se apropriam e circulam no espaço de forma restrita, mas buscam uma significação afirmativa com a cidade.