Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marques, Fernanda Vicioni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-06122022-110459/
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Resumo: |
A HMI é uma condição difícil de gerenciar em odontopediatria, pois está associada a vários desafios clínicos, como hipersensibilidade dentária, dificuldade em obter analgesia/anestesia adequada, aumento da ansiedade odontológica. Nenhum estudo até o momento avaliou a ansiedade/medo do tratamento odontológico em associação com a gravidade da HMI e hipersensibilidade dentária no mesmo grupo de pacientes. O primeiro objetivo do estudo foi investigar se a hipersensibilidade dentária e a ansiedade/medo estavam associadas à presença e características da HMI. Este estudo observacional transversal recrutou 1.830 alunos de 6 a 12 anos de quatro escolas selecionadas aleatoriamente na rede municipal de ensino de Ribeirão Preto/SP. Para avaliar os padrões clínicos, utilizou-se o protocolo de Ghanim et al., 2015 e 2017; já para a coleta de informações sobre a hipersensibilidade dentária associada aos dentes acometidos pela HMI, as crianças foram questionadas por um dos examinadores durante o exame clínico sobre o uso da escala facial de Wong-Baker e da escala VAS. A ansiedade e o medo do tratamento odontológico foram avaliados por meio do questionário \"Children\'s Fear Survey Schedule-Dental Subscale\" traduzido e validado para o português. A concordância inter e intra examinadores para a presença de HMI foi calculada pelo teste Kappa ponderado, e as análises estatísticas realizadas foram ANOVA, teste post hoc de Tukey e teste do qui-quadrado, sendo o nível de significância estatística estabelecido em 5%. A média de medo/ansiedade foi verificada em relação ao sexo e idade (<9 e ≥9 anos). O sexo feminino foi o mais prevalente (52,1%) e os pacientes com idade <9 anos também tiveram maior representação em termos de medo/ansiedade (49,35). Já o segundo objetivo do estudo foi avaliar, através de ensaio clínico randomizado controlado por placebo, triplo-cego, a eficácia da analgesia préemptiva e o aumento da anestesia infiltrativa em crianças com hipersensibilidade associada a HMI e fratura pós-eruptiva do esmalte (FPE), utilizando Ibuprofeno (10 mg/kg de peso). O analgésico (identificado por A - Ibuprofeno 100 mg/ml suspensão oral) ou placebo (identificado por B - formulação sem efeito farmacológico desenvolvida pelo Laboratório de P&D Farmacêutico da FCFRP/USP especificamente para este estudo), com as mesmas características e sabor do Ibuprofeno. O clínico que realizou o tratamento restaurador, o participante e seu responsável não sabiam qual suspensão foi administrada ou quem foi o profissional que analisou os dados. Após o tempo estimado de ação de 30 minutos, o tratamento restaurador foi iniciado. Anestesia infiltrativa padrão com um cartucho (1,8 ml) de Mepivacaína a 2% com Epinefrina 1: 100.000 foi administrada para cada dente usando uma seringa aspirativa e uma agulha de calibre 25 mm. O tratamento restaurador foi realizada, sendo removido apenas o esmalte sem suporte, e o tecido afetado pelo defeito. A hipersensibilidade foi medida por meio do teste de jato de ar (10 segundos). Os escores foram determinados pela escala de Wong e Baker, 1988. As análises estatísticas incluíram os testes Qui-quadrado, Fisher e T, e nível de significância foi de 5%. A hipersensibilidade, fator enfatizado neste estudo para pacientes com HMI, foi verificada após 30 minutos da administração do medicamento ou placebo para cada grupo (T1), resultando em uma diferença estatisticamente expressiva entre os grupos, o que de fato enfatiza a eficácia da administração do medicamento (Grupo A) (p = 0,0001). A administração de analgesia pré-emptiva com Ibuprofeno aumenta com sucesso a eficácia anestésica e diminui a hipersensibilidade transoperatória associada ao tratamento restaurador de molares permanentes afetados por HMI com FPE. |