Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Marchiori Filho, Moacir |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-15022008-150256/
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Resumo: |
Em decorrência da importância da leptospirose nas criações zootécnicas pelos prejuízos econômicos, principalmente pelas infecções crônicas, forma mais importante na propagação e permanência da bactéria no ambiente, este trabalho pretendeu estudar o curso da leptospirose e a formação do portador pela infecção experimental de hamsters com Leptospira interrogans sorvar Canicola, estirpe LO4, autóctone, pelas vias conjuntiva-nasal (CN) e cérvico-vaginal (CV) comparadas a via controle, intraperitonial (IP) com duas concentrações de inóculo (20-30 e 100-200 leptospiras/campo microscópico) e ainda estabelecer a eficácia conferida por cinco vacinas experimentais formuladas com dois tipos de adjuvantes (saponina e hidróxido de alumínio), pelo desafio de hamster. No preparo das vacinas foi considerada a virulência da estirpe LO4 submetida a duas e cinco passagens in vitro, que foi comparada com duas vacinas controle produzidas com a estirpe de referência, Hond Utrecht IV, com indeterminado número de passagens in vitro. Foram também avaliadas a indução de anticorpos aglutinantes e neutralizantes e as lesões histopatológicas por HE e Warthin-Starry. A detecção das leptospiras nos órgãos de hamsters mortos pela leptospirose ou eutanasiados foi realizada pela visualização direta, cultivo e PCR, considerando qualquer um dos resultados positivo. A visualização direta foi o melhor método de detecção na suspensão de órgãos. A via CN mostrou-se tão letal quanto IP na maior concentração de inóculo (p<0,01) e também mais letal que CV nas duas concentrações (p<0,01). A via CV induziu o portador renal e genital, não havendo diferença entre as duas concentrações. Pela via CN, não houve diferença entre sexos na indução da letalidade e da formação do portador, para ambos os inóculos. Todos os hamsters que morreram pós-inoculação apresentaram grande quantidade de leptospiras nos rins e genitais com necrose e hemorragias. Os animais eutanasiados após 21 dias de infecção, apresentaram leptospiras em rins e genitais sem lesões aparentes, caracterizando o portador. Pela SAM, tanto os animais que vieram a óbito, quanto os sobreviventes à inoculação com ambas as concentrações de leptospiras pelas vias CN, CV e IP, mostraram-se não reagentes na SAM (<25) para as estirpes LO4 e Hond Utrecht IV. As vacinas com ambas as estirpes e adjuvantes induziram baixos títulos de anticorpos aglutinantes e neutralizantes. Os maiores títulos de anticorpos neutralizantes e aglutinantes foram observados nos animais vacinados com a estirpe referência, Hond Utrecht IV. Os anticorpos neutralizantes não tiveram correspondência com o teste desafio em hamsters. As vacinas produzidas com ambas as estirpes protegeram os animais contra a letalidade da leptospirose causada pela infecção com a estirpe LO4, e, portanto a virulência da estirpe não interferiu na eficácia, porém as bacterinas não foram capazes de proteger os hamsters contra a formação do portador renal e genital. |