Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Rubira, Fabiana de Pontes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04042014-133433/
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Resumo: |
Essa dissertação de mestrado resulta de uma pesquisa teórica, na qual a pesquisadora valeu-se de suas experiências pessoais como educadora, aluna, contadora e ouvinte de estórias para pensar a narração de estórias como sendo uma prática relacionada com uma educação de sensibilidade. Trata-se de um estudo das dimensões estéticas e artísticas da literatura de tradição oral que remete à discussão da atual função da narração de estórias dentro do âmbito escolar. Parte-se do pressuposto de que as estórias de ensinamento da tradição oral são obras de arte, de tempos imemoriais, compostas por uma dinâmica de imagens arquetípicas articuladas, sob a forma de metáforas, em uma narrativa. Acredita-se que, ao entrar em contato com essa sintaxe de metáforas, o aluno-ouvinte terá a possibilidade de, por meio do despertar de uma ação imaginante e não de uma audição passiva, ter uma experiência imaginativa de natureza estética, organizadora e integralizadora, capaz de propiciar um momento de intenso aprendizado. Um aprendizado no qual aquilo que se aprende está diretamente relacionado à descoberta e à construção de nossa humanidade, que se dá por ressonância, a partir de diálogos significativos entre as imagens internas que habitam as estórias e as que habitam os ouvintes. Por imagens internas, entende-se que são as imagens arquetípicas que preservam e revelam nossa humanidade e que estão ancoradas em nossa corporeidade. Nesses diálogos, destaca-se a importância de professores e contadores de estórias como agentes de cultura, cuja presença humana intermedia e possibilita o contato de alunos e ouvintes com suas heranças culturais. Como base teórica, utilizou-se obras de filósofos, antropólogos, educadores, poetas e contadores de estórias, dentre os mais significativos: Bachelard, Merleau-Ponty, Campbell, Mircea Eliade, Dewey, Freinet e Cecília Meireles, sendo tomado como elementos norteadores dessa dissertação, o trabalho e os textos de Marcos Ferreira Santos e Regina Machado. A partir de dados recolhidos, ao atuar como contadora de estórias, e de observações feitas em aulas de Língua Portuguesa, em escolas de Ensino Fundamental da rede pública, foram tecidas algumas conclusões. Dentre elas está a constatação de que, nesses ambientes educativos, ainda ocorre um aproveitamento apenas superficial de obras de cunho literário. Quanto à narração de estórias, além do aproveitamento superficial dos contos, constatou-se também uma preocupação com a instrumentalização dessa prática, que, em geral, é tida como uma mera forma de aquietamento e entretenimento dos alunos, quando esta pode servir a um papel nobre na formação do ser humano. Ademais de restabelecer vínculos com nossa ancestralidade, a narração de estórias propicia um aprendizado imaginativo, no qual nossa humanidade ganha corpo, cores, sentidos e significados ao entrar em contato com as metáforas articuladas em uma narrativa. Narrativas cujo principal objetivo é ensinar o outro, colocando-o em sua própria sina, levando-o, em termos socráticos, a tornar-se o que é. |