Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Freire Filho, José Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-23092014-143613/
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Resumo: |
A inserção de profissionais de diferentes áreas do conhecimento nas equipes de atenção primária no país é uma estratégia nova, cujo atual estágio de desenvolvimento viabiliza a implantação de grupos de diferentes formações profissionais. Nessa lógica, a estratégia de Educação Interprofissional (EIP) tem fomentado pesquisas, no sentido de discutir modos de viabilizar uma formação em saúde arraigada no compartilhamento de saberes e na prática da colaboração profissional. Nessa linha se insere esta pesquisa, cujo objetivo foi verificar princípios da EIP nas estratégias de formação para o trabalho em equipe no âmbito dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) de uma microrregião de saúde de Minas Gerais. Desenvolveu-se um estudo exploratório, qualitativo, com 21 profissionais componentes de equipes NASF da Microrregião de Saúde de Passos/Piumhi. A coleta de dados foi efetivada por meio de três grupos realizados em fevereiro de 2014, nos municípios de Alpinópolis, Passos e Piumhi. Os dados pertinentes à caracterização da amostra foram tratados por estatística descritiva e os depoimentos por análise de conteúdo temática. Dessa emergiu quatro categorias de análise: O trabalho em equipe: conceitos e significações; Interfaces do trabalho em equipe: forças propulsoras e limitantes; Processos acadêmicos de formação em saúde: preparação para o trabalho em equipe?; Processos de formação em serviço para o trabalho em equipe. Amostra majoritariamente feminina; com tempo de formação inferior a 10 anos; inseridos no Sistema Único de Saúde (SUS) há no máximo cinco anos; e no NASF, há no máximo dois anos. Os sujeitos do estudo significam o trabalho em equipe como uma prática interdisciplinar, que transcorre do compartilhamento de conhecimentos e experiências e da conformação de uma rede dialógica entre os diferentes profissionais da Atenção Básica. Como forças limitantes para a atuação em equipe destacaram a resistência aos NASF por parte dos profissionais da ESF; a incipiência do médico como integrante da equipe; a demanda populacional e de atribuições excessivas e; a instabilidade da gestão pública. Como forças propulsoras: o processo de comunicação e perfil profissional que corresponda às necessidades da saúde pública. Evidenciou-se que os profissionais foram submetidos a um processo de formação alicerçado em modelos de ensino baseado na fragmentação do cuidado. No entanto, foi revelado que o estágio curricular é um recurso que oportuniza a formação para o trabalho em equipe. Verificou-se que inexistem processos formais de educação no âmbito do serviço, sobretudo com vistas à aquisição de habilidades para o trabalho em equipe. Nesse cenário, as reuniões de equipe foram apontadas como uma ferramenta profícua ao aprendizado interprofissional, viabilizadas a partir dos pressupostos da Educação Permanente em Saúde. Destarte, reflete-se que mesmo com a inclusão das mais diversas profissões da saúde no campo da Atenção Básica, ainda há grandes desafios para o desenvolvimento do trabalho em equipe na lógica da formação interprofissional. Imprime-se a necessidade de reorientação dos modelos pedagógicos de ensino-aprendizagem com ênfase na EIP e as propostas de ensino no serviço baseada na prática colaborativa e integrada. |