Atuação do enfermeiro de Atenção Básica no âmbito da articulação da prática interprofissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Aguiar, Carla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-17072014-145203/
Resumo: Introdução: O estudo propõe analisar o trabalho do enfermeiro na atenção básica de saúde, no contexto das relações entre trabalhadores da equipe de saúde da família e do núcleo de apoio à saúde da família (NASF), para conhecer como se dá a participação do enfermeiro na promoção de ações interprofissionais. Objetivos: Identificar as ações interprofissionais nas quais o enfermeiro participa e analisar as concepções dos profissionais de saúde das unidades básicas de saúde (UBS) sobre a participação do enfermeiro nas ações interprofissionais e sobre o trabalho em equipe. Método: Estudo de caso com abordagem qualitativa realizado em uma UBS da região sul do município de São Paulo. Coleta de dados através de observação direta do trabalho das equipes e entrevista com base na técnica de incidente crítico, com 15 profissionais de uma Equipe de Saúde da Família, Saúde Bucal e NASF. Na análise utilizou-se análise temática e triangulação. Resultados: Foram identificados oito tipos de ações interprofissionais nas quais o enfermeiro participa: consulta compartilhada, consulta de enfermagem que se desdobra em consulta compartilhada, atendimento compartilhado, espaço de troca e oportunidades de articulação, discussão de dúvidas, coordenação do cuidado, encaminhamentos pela enfermeira para outros profissionais e encaminhamentos de outros profissionais para a enfermeira. Os resultados mostraram o predomínio de consultas compartilhadas com médico e profissionais do NASF e que o conjunto das ações interprofissionais são orientadas por duas lógicas distintas: lógica das necessidades de saúde do usuário e lógica de agilizar o atendimento, ou a combinação de ambas. Independentemente da orientação da ação, foram identificadas duas abordagens também distintas: biomédica ou atenção integral à saúde. Conclusão: As ações interprofissionais observadas evidenciam características de trabalho em equipe integrado e prática colaborativa, destacando-se a atuação da enfermeira como agente de distribuição e convergência de informações e sua participação na ação interprofissional, em especial relacionada à prática clínica. Nas ações interprofissionais orientadas pela lógica das necessidades de saúde, houve o predomínio da abordagem pautada na busca da integralidade e nas ações interprofissionais voltadas à lógica de agilizar o atendimento, predominou a abordagem biomédica, com foco na doença e aspectos a ela relacionados. As ações desenvolvidas em conjunto entre enfermeira e profissionais do NASF, evidenciam a atuação deste como recurso de matriciamento e de apoio técnico-pedagógico, pois tanto representa a extensão da abordagem das necessidades de saúde de usuários, como educação permanente dos envolvidos