Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Oyadomari, José Carlos Tiomatsu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-16012009-112641/
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Resumo: |
Contabilidade Gerencial e a Estratégia têm em comum a questão do desempenho organizacional, a primeira tem como objetivo medir o desempenho, a segunda se preocupa em como as organizações podem obter desempenho por meio de vantagens competitivas. Uma abordagem utilizada pela Estratégia é a Visão Baseada em Recursos, nessa ótica, o desempenho é potencializado pelas competências organizacionais da empresa, mas, nessa busca pelas competências, as organizações utilizam-se do Sistema de Controle Gerencial - SCG. Dependendo de como o SCG é utilizado, diagnóstica ou interativamente, ou uma combinação dos ambos, este pode contribuir para o desenvolvimento das competências e balancear as Tensões Dinâmicas e, indiretamente, influenciar o desempenho organizacional. Fundamentado no modelo teórico de Henri (2006), o objetivo deste trabalho foi contribuir para o entendimento deste relacionamento nas 1.000 maiores empresas brasileiras, utilizando a técnica estatística multivariada Modelagem de Equações Estruturais com o método de estimação Partial Least Square PLS. Os resultados em um total de 104 empresas indicam que (i) não existem evidências de relacionamento negativo entre o Uso Diagnóstico e o desenvolvimento de competências organizacionais, sugerindo que, no Brasil, o Uso Diagnóstico pode ter um menor componente disfuncional, e também, que este pode ser visto como uma rotina organizacional necessária para manter a organização dentro de um caminho planejado, o que não é incompatível com o desenvolvimento das competências; (ii) não existem relacionamentos significativos positivos entre desenvolvimento de competências e desempenho econômico, medido pelo Retorno sobre Patrimônio Líquido, o que é coerente com o estudo de Henri (2006), sugerindo que devem existir outras variáveis não contempladas no modelo, ou ainda que o indicador RSPL possa não ser uma proxy adequada de desempenho nos anos de 2005 a 2007; (iii) existe relacionamento positivo entre o Uso Interativo e o desenvolvimento de competências, com exceção do Empreendedorismo, o que é consistente com os resultados de Henri (2006); (iv) existe relacionamento positivo entre as Tensões Dinâmicas e as competências, o que está em linha com Henri (2006) e valida a teoria de que as tensões são importantes para busca da eficácia organizacional; (v) Uso Diagnóstico e Uso Interativo do SCG influenciam positivamente as Tensões Dinâmicas, podendo configurar o SCG como um recurso complementar na ótica da VBR; (vi) quando o desempenho é medido por auto-avaliação, ocorre uma alteração nos resultados dos relacionamentos entre competências e desempenho, com as competências Aprendizagem Organizacional e Orientação para Mercado influenciando positivamente o desempenho, indicando que estas duas competências/orientações devem ser estimuladas pelo uso do SCG. Os resultados da pesquisa estão sujeitos a algumas limitações, a principal delas refere-se ao fato que as respostas refletem a percepção dos profissionais de controladoria e finanças das empresas e a análise dos dados também não considerou a estratificação por setores econômicos. Estas limitações ensejam futuras pesquisas, como a sua replicação utilizando outro perfil de respondente, a realização de estudos de casos em empresas com diferentes culturas e desempenhos, bem como estudos que aprofundem a dimensão uso com competências específicas e mesmos construtos oriundos de outros campos de conhecimento. |