Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Danielle de Cássia Martins da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-05022024-163215/
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Resumo: |
O objetivo do presente foi estudar os desdobramentos polimórficos dos alelos A1 e A2 para o gene da β-caseína em vacas da raça Holandesa submetidas às mesmas condições nutricionais e ambientais, sobre metabólitos (energéticos, enzimáticos e nitrogenados), composição do leite, contagem de células somáticas, média de produção de leite diária e dias em lactação e estudar o polimorfismo dos alelos A1 e A2 sobre as frações de caseína e proteínas séricas e correlacioná-las com características fenotípicas. Foram utilizadas 18 vacas da raça Holandesa dos três genótipos (6 A1A1; 6 A1A2; 6 A2A2) e as coletas de leite ocorreram durante a ordenha, as de sangue ocorreram por punção da artéria ou veia coccígea e as de urina mediante micção espontânea ou provocada por estímulos com massagens na região perivulvar. Para o estudo das características fenotípicas, foram determinados metabólitos (energético, enzimáticos e nitrogenados) no leite, sangue e urina, que foram realizados por meio das concentrações de glicose, gama glutamil transferase, aspartato amino transferase, uréia e nitrogênio ureico no plasma, uréia e nitrogênio ureico no leite, nitrogênio urinário e nitrogênio ureico na urina. Também foram realizadas análises de composição (teor de gordura, teor proteína, teor de lactose, teor de sólidos totais, teor de sólidos não gordurosos), contagem de células somáticas, média de produção de leite durante 30 dias e dias em lactação. Para o estudo da proteômica foi utilizada a eletroforese bi-dimensional (2-DE) e a cromatografia líquida de alta performance acoplada ao espectrômetro de massas (HPLC/MS). O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado em que os genótipos foram analisados como variáveis independentes e metabólitos, composição e contagem de células somáticas do leite e a produção e dias em lactação foram analisados como variáveis dependentes. As intensidades dos volumes de expressão normalizados (IVEN) obtidas para cada spot foram utilizadas como variáveis dependentes nas análises proteômicas. Neste caso, utilizou-se um modelo linear misto considerando os genótipos (A1A1, A1A2 ou A2A2) como efeito fixo e os efeitos aleatórios amostras dentro de cada tratamento e o resíduo. Para avaliação das proteínas diferencialmente abundantes (DAP) significativas com as características fenotípicas avaliadas, foram utilizadas análises de correlações momento-produto de Person, por meio do procedimento CORR. Todas as análises foram realizadas no programa computacional Statistical Analysis System® versão 9.4. Nas condições que o experimento foi desenvolvido, conclui-se que para metabólitos não foram encontradas diferenças entre os genótipos A1A1, A1A2 e A2A2, apenas o genótipo A2A2 foi associado com as maiores médias de concentração de glicose. Para composição e CCS do leite, não foram observadas diferenças entre os três genótipos, assim como para as características de produção e dias em lactação. Também foram identificadas frações de αS1-caseína, αS2-caseína, β-caseína, κ-caseína, α-la e β-lg, sendo as mesmas diferencialmente abundantes nos genótipos A1A1, A1A2 e A2A2. Nas frações de caseína, para αS1-caseína houve maior abundância nos homozigotos, para αS2-caseína foi maior no genótipo A2A2, para β-caseína a maior abundância ocorreu no genótipo heterozigoto, porém para κ-caseína a abundância oscilou entre os três genótipos, e para as frações de proteínas séricas, a α-la foi maior no genótipo A2A2 e β-lg variou entre os três genótipos. Ao relacionar as informações contidas no genoma das vacas com as informações do proteoma das amostras de leite, observou-se associação moderada e forte entre as concentrações de glicose sanguínea, ureia e nitrogênio ureico no leite com abundância das frações αS1-, β- e κ-caseína. Também foi observado uma associação moderada entre os teores de lactose e dias em lactação com a abundância da proteína sérica α-la. Conclui-se com esses resultados, que o polimorfismo no gene CSN2, possivelmente pode estar envolvido em variações qualitativas e quantitativas do perfil proteico do leite de vacas da raça Holandesa submetidas às mesmas condições nutricionais e ambientais e com algumas características fenotípicas. |