Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Condé, Paula Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17122012-145930/
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Resumo: |
As distribuições de abundância das espécies (SADs) são consideradas uma maneira informativa e sintética de descrever a diversidade biológica, e revelam um dos padrões mais bem estabelecidos da ecologia, que é a predominância de espécies raras nas comunidades biológicas. A generalidade deste padrão o torna relevante para a análise de outros parâmetros das comunidades. Além disso, ele levou ao desenvolvimento dos modelos teóricos de SAD. Os modelos estatísticos de SAD, por sua vez, passaram a ocupar um papel central na biologia, como principio empírico que sustenta várias teorias ecológicas. Preston sugeriu em 1948 que as SADs das comunidades naturais teriam uma distribuição aproximadamente Lognormal, porém apareciam truncadas devido ao efeito do tamanho amostral, cuja forma real só seria revelada, portanto, em amostras grandes. Esta ideia vai de encontro à propriedade estatística da consistência, que implica que o acúmulo de evidência causado pelo aumento do tamanho amostral favorece a aproximação ao modelo verdadeiro, bem como às estimativas de seus parâmetros. Além do efeito do tamanho amostral, os padrões de distribuição de abundância podem diferir dependendo da medida de abundância utilizada. Estudos sugerem que a biomassa seria uma medida de abundância mais adequada para revelar a distribuição subjacente de uma comunidade biológica em amostras ou escalas menores (differential veiling). Neste contexto, nosso objetivo principal neste trabalho foi investigar e discutir a vantagem de considerarmos a biomassa como medida de abundância nos modelos teóricos de distribuição de abundância das espécies. Avaliamos, então, o efeito do tamanho da amostra sobre a qualidade dos ajustes dos modelos sob duas diferentes medidas de abundância: biomassa e número de indivíduos. Simulamos amostras de diferentes tamanhos a partir de amostragens aleatórias de uma base de dados empírica e as ajustamos a diferentes modelos de SADs . Com isso, pudemos avaliar a eficiência das amostras - com cada medida de abundância - em revelar o modelo correto, bem como a acurácia e precisão das estimativas dos parâmetros desses modelos. Para o presente estudo, utilizamos um grupo com reconhecido potencial indicador e relevância para estudos ecológicos, os besouros Scarabaeinae. Os resultados encontrados neste estudo mostram que a maior eficiência da biomassa para revelar a distribuição subjacente não é tão geral quanto sugerem os trabalhos anteriores Os critérios de análise utilizados não favoreceram consistentemente a biomassa como medida mais eficiente em revelar o modelo correto e apresentar maior acurácia e precisão nas estimativas de seus parâmetros. Assim, a afirmativa de que a SAD de biomassa não é oculta (veiled) em escalas e amostra menores não parece ser geral. Os resultados obtidos no presente estudo também indicam que o padrão de differential veiling entre as SADs de biomassa e número de indivíduos podem variar dependendo da escolha do modelo e do conjunto de dados avaliados. No entanto, se a causa do differential veiling entre as SADs de biomassa e número de indivíduos for principalmente devido ao efeito de escala, uma explicação alternativa é que a escala do presente estudo teria que ser ampliada para podermos demonstrá-lo. Considerando então, os efeitos de amostragem apontados pelos nossos resultados sobre a medida de diversidade, destacamos que, apesar da importância do assunto, há uma escassez de estudos que investiguem o uso da biomassa como medida de abundância nas SADs, cujas implicações de diferentes efeitos sobre esta medida destacam a necessidade de estudos adicionais que possibilitem isolar o efeito de escala do efeito de tamanho amostral |