Estudo dos efeitos da Síndrome dos Ovários Policísticos sobre o controle autonômico cardiovascular, com enfoque na sensibilidade barorreflexa e na variabilidade da frequência cardíaca e da pressão arterial - análises pelos métodos linear e não-linear

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Philbois, Stella Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-26042018-115231/
Resumo: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) afeta uma grande parcela da população feminina em idade reprodutiva. Além das alterações morfológicas, hormonais e metabólicas, essas mulheres também apresentam uma alta prevalência de obesidade e alterações no controle autonômico cardiovascular de acordo com a literatura, principalmente modificações na modulação autonômica da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). No entanto, pouco sabemos sobre outros parâmetros do controle autonômico, como a variabilidade da pressão arterial (VPA) e a sensibilidade barorreflexa (SBR). Portanto, o principal objetivo do estudo foi investigar em mulheres com a SOP as alterações na modulação autonômica da VPA e na SBR, bem como avaliar se essas alterações são decorrentes da SOP ou do aumento da gordura corporal. Para tanto, foram estudadas 30 mulheres voluntárias eutróficas (IMC ? 25 kg/m2) sem a SOP e 60 mulheres voluntárias com a SOP divididas em dois grupos: eutróficas (IMC ? 25 kg/m2; N=30) e obesas (IMC ? 30 kg/m2; N=30). Todas as mulheres foram submetidas aos seguintes protocolos; coleta de sangue para hemograma completo; avaliação antropométrica e avaliação de parâmetros metabólicos e hormonais em repouso; registro de parâmetros hemodinâmicos e cardiorrespiratórios em repouso e durante o exercício físico; análise da VFC e da VPA; e análise da SBR espontânea. A comparação entre os grupos eutróficos com e sem SOP não apresentou qualquer diferença nos parâmetros autonômicos avaliados. No entanto, a comparação entre os grupos SOP mostrou que o grupo SOP obeso apresentou menores valores de VO2 e testosterona, e maiores valores de triglicerídeos e da pressão arterial em relação ao grupo SOP eutrófico. Quanto aos parâmetros autonômicos, os grupos obeso e eutrófico não diferiram na análise da VPA. Entretanto, o grupo SOP obeso apresentou menores valores da SBR espontânea e das oscilações de baixa frequência (LF) da VFC em unidades absolutas. Por fim, nossos resultados sugerem que a obesidade pouco alterou a VFC em mulheres com SOP, entretanto reduziu sensivelmente a SBR espontânea. Esses achados podem estar associados com diferenças hormonais encontradas nessas mulheres, como os níveis séricos de testosterona mais elevados no grupo eutrófico.