Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1982 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcos Eugenio da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-24062025-173032/
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Resumo: |
O \"estado da arte\" da teoria econômica que trata da inovação tecnológica em países subdesenvolvidos está atualmente em um estágio muito rudimentar. Não existe uma teoria de inovação tecnológica que explique de forma satisfatória como ocorrem os processos de aprendizagem e criação de tecnologia, e como estes se relacionam com o grau de desenvolvimento econômico em tais países. O objetivo deste estudo é buscar evidências empíricas para responder a três perguntas básicas, com base na análise da história de uma fabricante brasileira de máquinas-ferramenta. As três perguntas são: i) Houve inovação tecnológica na empresa? ii) Se sim, em que consistiu? iii) Como ocorreu o processo de aprendizagem dessa tecnologia e até que ponto isso foi de fato criação tecnológica, uma vez que a empresa está localizada em um país subdesenvolvido? Esta dissertação está dividida em seis capítulos, incluindo também um apêndice estatístico. O Capítulo I é um breve levantamento da literatura sobre inovação tecnológica; o Capítulo II é uma discussão sobre o histórico e o desempenho da indústria brasileira de máquinas ferramenta; o Capítulo III consiste em uma análise do histórico e do desempenho da empresa na qual o estudo de caso foi baseado; o Capítulo IV examina a maneira como a inovação tecnológica do produto ocorreu na empresa ao longo dos anos; o Capítulo V analisa a inovação tecnológica do processo; por fim, o Capítulo VI apresenta algumas considerações finais, incluindo algumas sugestões de política econômica. A principal conclusão a que se chegou é que a inovação tecnológica, tanto em termos de produto quanto de processo, ocorreu de fato dentro da empresa. Essas inovações foram de natureza \"adaptativa\" e \"localizada\", sempre enfatizando as características idiossincráticas do caminho de desenvolvimento da empresa. Como resultado, a empresa apresenta duas características aparentemente contraditórias: em termos de produto, comportou-se de maneira muito progressiva, tendo demonstrado grande capacidade em realizar pequenas inovações, ao mesmo tempo em que se mostrou capaz de introduzir novos produtos baseados em modelos importados similares; em termos de organização da produção e processo de engenharia, seu comportamento foi mais moderado, seus esforços se concentraram principalmente na compra de máquinas, muito sofisticadas em muitos casos, bem como no aumento do grau de \"rotunda\", o que levou à perda de economias de especialização. |