Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Lima, Luiz Cruz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-22102019-174944/
|
Resumo: |
O presente trabalho procura analisar um dos aspectos do meio técnico-científico informacional, decorrente do processo de mudanças por que passa o mundo, nestas últimas três décadas do século. Trata-se do elevado grau de adensamento do saber e do fazer, da maior aproximação do design e da fábrica, que obedece normas organizacionais exigidas pelas inovações tecnológicas, definidoras de novo paradigma técnico-econômico que abre um período ascendente de acumulação capitalista. Para atingir esse novo patamar, agentes vário se entrecruzam em sinergia: universidades, governo, capital financeiro e empresas. O surgimento de núcleos e indústrias e serviços, em torno de ambientes dotados de elevado nível técnico-científico, vem propiciando um tipo específico de organização espacial, a que denominamos tecnopolo. Inicialmente, nos países centrais, mas hoje também presentes nos países do 3° Mundo, os tecnopolos revelam-se como um instrumento de reorganização do sistema produtivo e, m decorrência, do espaço geográfico. O tecnopolo, ao mesmo tempo que leva o lugar à globalização, ele o reduz à fragmentação, à medida que segue a especialização em algum lugar do setor da alta tecnologia. Esse fenômeno liga-se ao esforço do capitalismo, desde a década de 1970, com a crise geral do regime de acumulação fordista, na busca de novos meios para elevar a produtividade e reconquistar os mercados e os altos lucros. Para retomar a marcha do crescimento, com as inovações tecnológicas informática, novos materiais, biotecnologia, etc - novas regras se impõem à sociedade: reestruturação as relações de produção, uso de varias modalides de flexibilidade nas linhas de produção e nos regimes de trabalho, abertura das fronteiras nacionais, institucionalização de normas neoliberais. Ao mesmo tempo que beneficia as empresas, essa novas (des) ordem vem surtindo efeitos negativos sobre a massa dos menos qualificados, cada vez menos excluídos e segregados. Desde os anos 80, o Brasil se insere no movimento tecnopolitano, pelo menos nos centros onde é mais presente a convivência da pesquisa com o setor produtivo. Como caso expressivo, tomamos São Carlos, no interior de São Paulo, para um estudo mais particularizado. O espaço geográfico, em vários países e regiões, já revela as marcas do fenômeno tecnopolitano: quer em sua espacialidade, com a formação de regiões do tipo Vale do Silício (EUA), quer na conformação urbana com as cidades científicas, as tecnópoles. |