O quarto, figuração do intimismo na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Azevedo, Luiz Carlos de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-07022008-112137/
Resumo: As operações da memória, a introspecção e a auto-representação são alguns tópicos da chamada escrita intimista, que vem desempenhando papel importante na poesia portuguesa, desde meados do século XIX. A partir de um grupo de poetas precursores, entre os quais se incluem Cesário Verde (1855/1886) e António Nobre (1867/1900), o estilo da poesia intimista continuou nos novecentos através de nomes como os de Camilo Pessanha (1867/1926), Fernando Pessoa (1888/1935), Mário de Sá Carneiro (1890/1926). Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto, 1919/ Lisboa, 2004), foi uma das três mais importantes vozes poéticas portuguesas da segunda metade do século XX, ao lado de Jorge de Sena (1919/1978) e de Eugénio de Andrade (1923/2005). Ela sempre apresentou recorrentes, em seus 14 livros de poesia, (o primeiro, Poesia I, de 1944), muitos dos temas caros ao intimismo: o choque entre o mundo exterior e o eu poético, a rememoração como mergulho interior, a solidão, o sofrimento provocado quando o sujeito recolhe-se dentro de si mesmo. Além disso, ela privilegia, num estilo muito particular, determinados espaços ligados à intimidade, como a casa e, em especial, o quarto. Nossa dissertação divide-se em três capítulos - O Quarto e o Silêncio, O Quarto, a Noite e o Vazio, O Quarto Como Prisão - que enfocam o aspecto intimista da obra poética de Sophia. A discussão é centrada no sujeito poético, analisando sua posição frente ao mundo e à vida, no contexto fragmentado do pós II Guerra. Sempre na perspectiva humana de nossa finitude, frente ao horizonte da eternidade.