Perfil metabólico das gestantes de Ribeirão Preto e São Luís - coortes 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Izabela Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-27082018-100445/
Resumo: Introdução: A fisiologia normal da gravidez inclui vários componentes da Síndrome Metabólica (SM), como um certo grau de resistência à insulina, acumulação de tecido adiposo, hiperlipidemia e ativação da cascata inflamatória. Apesar disso, poucos estudos têm se dedicado a avaliar o perfil metabólico de gestantes. Objetivos: Identificar e comparar as alterações metabólicas que ocorrem durante a gestação em duas coortes de nascimento no ano de 2010 nas cidades de Ribeirão Preto (RP) e São Luís (SL). Métodos: Foram estudadas, em dois momentos, gestantes (1400 em RP e 1447 em SL) e binômios mãe-RN (1370 em RP e 1382 em SL) participantes das coortes de nascimentos dos dois municípios. As informações foram obtidas por meio de questionários aplicados a estas mulheres, além de avaliação antropométrica e bioquímica e medida de pressão arterial. SM foi definida por uma adaptação dos critérios do NCEPIII. Para comparação dos dois municípios foram utilizados testes de qui-quadrado e t de Student, com nível de significância de 5%. Para avaliar a associação entre parto pré-termo e perfil metabólico alterado foram calculados RR não-ajustados e seus IC a 95%. Resultados: Comparado com SL, RP mostrou maiores taxas de sobrepeso e obesidade pré-gestacionais (40,1% vs 25,8%) e de nascimento pré-termo (9,7% vs 7,4%). A frequência de SM foi quase duas vezes maior em RP (5,7% vs 3,3%), assim como pressão arterial alterada (4% vs 2%) e glicemia alterada (16,5% vs 9,9%). HDL Colesterol alterado foi mais frequente nas gestantes de SL (13,9% vs 7,5%). Com respeito as médias do perfil bioquímico, RP apresentou maiores valores que SL, exceto para triglicerídeos, que não foi diferente entre as cidades. Gestantes com SM não tiveram risco de parto pré-termo (RR1,40; IC95% 0,80-2,54), apenas as hipertensas (RR 3,27; IC95% 1,92-5,55). Conclusões: As gestantes de RP apresentaram mais alterações metabólicas que as de SL.