Fatores determinantes da retenção de peso pós-parto em uma coorte de mulheres com 9 meses de seguimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Kac, Gilberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-27012021-165445/
Resumo: Objetivo: Estudar os determinantes da retenção de peso pós-parto. Métodos: Foram estudadas 405 mulheres entre 18-45 anos em quatro seguimentos aos 0,5, 2, 6 e 9 meses pós-parto. As mulheres responderam a um questionário e tiveram diversas medidas antropométricas aferidas. A variável dependente foi a retenção de peso pós-parto. O principal procedimento utilizado na análise foi o modelo longitudinal de regressão linear com efeitos mistos. Resultados: Os principais preditores da retenção de peso >= 7,5 kg nove meses pós-parto foram a gordura corporal >= 30% no primeiro seguimento, ganho de peso gestacional >= 12 kg e renda familiar total < 870 reais. Estimativas do modelo final de regressão longitudinal revelaram que o efeito combinado entre amamentação predominante e percentual de gordura corporal no baseline para mulheres com 180 dias de amamentação predominante, foi de -0,6 e -0,2 kg/mês em mulheres com 18% e 28% de gordura corporal, respectivamente, em contraste com mulheres com apenas 30 dias de amamentação. De cada quilo ganho durante a gestação, 35% permaneceram retidos nove meses pós-parto. Conclusões: O padrão de distribuição da retenção de peso pós-parto inclui entre os grupos mais expostos, mulheres com baixa renda, baixa escolaridade, com elevado ganho de peso gestacional e com elevado percentual de gordura corporal no baseline. O mais elevado risco observado em mulheres com baixa renda e baixa escolaridade aponta para um novo padrão social de distribuição da obesidade, com concentração nos estratos menos favorecidos. Já a relação inversa com duração da amamentação predominante, comprovou a hipótese de que existe associação entre duração da lactação e obesidade pós-parto. É urgente a implementação efetiva de um programa de acompanhamento nutricional com ênfase no controle da obesidade gestacional e pós-parto.