Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Biscotto, Isabela Peixoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-11062021-134324/
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Resumo: |
Introdução: Hipopituitarismo congênito (HPC) é definido como a deficiência de um ou mais hormônios hipofisários. O HPC pode apresentar-se na forma de deficiência isolada do hormônio de crescimento (DIGH) ou combinada com a deficiência de outros hormônios hipofisários - deficiência hipotálamohipofisária múltipla (DHHM) e apresenta uma prevalência de um a cada 3.500 a 10.000 nascimentos. O GH exerce efeitos biológicos nos perfis metabólicos e no sistema cardiovascular (CV). Embora pacientes adultos com DGH de origem adquirida estejam frequentemente associados a um maior risco CV, em adultos com DGH de origem congênita o risco CV é raramente relatado e as consequências da terapia de reposição de GH (TRGH) permanecem não esclarecidas. Objetivos: Avaliar o impacto da TRGH, subcutânea e diária, nos parâmetros vasculometabólicos em adultos com HPC. Pacientes e Métodos: Estudo transversal realizado em um único centro. Noventa e um indivíduos foram divididos em três grupos: (1) HPC com TRGH: 32 pacientes (17 mulheres), idade média = 35,8 ± 7,6 anos e com TRGH na idade adulta por 5,6 anos (1-21 anos); (2) HPC sem TRGH: 27 pacientes (15 mulheres), idade média = 38,4 ± 7,8 anos, sem TRGH por 11 anos (1-24 anos) e (3) Controles: 32 indivíduos saudáveis (17 mulheres), idade média = 37 ± 8,9 anos. Parâmetros antropométricos, perfis metabólicos, composição corporal por densitometria corpórea total e propriedades estruturais e funcionais arteriais (espessura médio-intimal carotídea, velocidade da onda de pulso e dilatação mediada por fluxo) foram comparados entre os grupos. Resultados: O percentual de gordura corporal e a relação cintura/estatura (RCE) foram menores nos pacientes com TRGH em comparação com os pacientes sem TRGH (30,7 ± 10,4 vs. 40,2 ± 10 p <= 0,001 e 0,49 ± 0,06 vs. 0,54 ± 0,07 p <= 0 001 A modelo de regressão logística, a menor RCE foi significativamente associado ao tempo de uso da TRGH na fase de transição (p = 0,008). Além disso, observamos associação direta entre o menor percentual de gordura corporal e menor FMI com TRGH ao longo da vida (r = -0,387, p = 0,004 e r=-0,326, p=0,017, respectivamente) e menor RCE com tempo de uso da TRGH durante a fase de transição (r=-0,629, p<= 0 001 mais elevados de triglicerídeos (112 ± 62 vs. 77 ± 36, p = 0,02) e níveis mais baixos de colesterol HDL (49 ± 19 vs. 67 ± 23, p < 0,01) em pacientes sem TRGH em comparação com os controles, mas sem diferença com o grupo de reposição. Não foram observadas diferenças estatísticas para as propriedades estruturais e funcionais arteriais entre os grupos. Conclusões: A TRGH em adultos com HPC foi associada a uma melhor composição corpórea sem efeitos deletérios no sistema vascular. A TRGH permanece uma decisão individualizada no paciente adulto com HPC |