Diferenças estruturais e funcionais no cérebro de idosos deprimidos e não deprimidos com comprometimento cognitivo leve e suas relações com a doença de Alzheimer: um estudo por ressonância magnética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Correia, Rodolfo Dias Chiari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17163/tde-28012022-110238/
Resumo: A doença de Alzheimer (DA) e a depressão tardia (DT) têm uma relação complexa e indeterminada. Nos estágios pré-demência, os pacientes com comprometimento cognitivo leve (CCL) apresentam sintomas relacionados à depressão com relativa frequência, e essa combinação aumenta a chance de progressão para DA. Trabalhos anteriores levantaram a possibilidade de que DT poderia ser um fator de risco para a DA ou o CCL deprimido (CCLD) poderia ser até mesmo um estágio prodrômico da DA. Neste trabalho, nosso objetivo foi usar a ressonância magnética para explorar as diferenças funcionais e estruturais no cérebro de pacientes com CCL com e sem depressão. Sessenta e cinco indivíduos foram divididos em quatro grupos: Cognitivamente Normal (CN), Comprometimento Cognitivo Leve Não Deprimido (CCLnD), CCLD e DA. Espessura cortical, volumes cerebrais e integridade da substância branca foram comparados entre os grupos a partir de dados estruturais de ressonância magnética. Também usamos dados de imagens de ressonância magnética funcional para avaliar as mudanças na conectividade funcional. Na comparação principal considerando os grupos CCLnD e CCLD em relação ao grupo CN: 1- Os pacientes com CCLD mostraram atrofia mais pronunciada nas estruturas do lobo temporal medial (hipocampo, amígdala e córtex entorrinal), e CCLnD apresentou maior perda geral de volume cortical. 2- O grupo CCLD apresentou assimetria significativa com maior dano estrutural no hemisfério direito. 3- O giro lingual e outras regiões mediais posteriores permaneceram estruturalmente preservado no grupo CCLD, porém, o giro lingual apresentou maior conectividade funcional com o hipocampo do que outros grupos, inclusive o grupo CN. Nossos resultados sugerem que o grupo CCLD mostra mudanças específicas no cérebro que não correspondem totalmente ao esperado para um estágio avançado de MCI nem um pródromo de AD, mas um subtipo de CCL que pode ser diferenciado usando neuroimagem.