Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Elias, André Lamparelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17159/tde-25072024-152010/
|
Resumo: |
O impacto da Covid-19 no Sistema Nervoso Central (SNC) tem sido uma preocupação desde as fases primárias da pandemia causada pelo coronavírus. Sintomas neurológicos e psiquiátricos na síndrome pós-Covid foram relatados muito além da fase aguda da doença com possíveis correlações em alterações estruturais e funcionais no cérebro dos pacientes. Este trabalho contém dados de neuroimagem de um estudo mais amplo sobre o impacto tardio da covid-19 no cérebro. Neste trabalho em específico fazemos uso de várias técnicas quantitativas de ressonância magnética estrutural e funcional com o objetivo de relatar alterações cerebrais tardias devido ao vírus Sars-CoV-19. Desta forma, aqui focamos nas possíveis alterações morfométricas em estruturas com predominância de substância cinzenta, mudanças de conectividade funcionais entre regiões corticais e alterações na integridade da substância branca em pacientes aproximadamente 6 meses a 13 meses após o diagnóstico de Covid19. Foram considerados dados de 85 indivíduos entre 19 e 69 anos, sendo 53 do sexo feminino. Eles foram separados em dois grupos: 45 pacientes recuperados do Covid e 40 indivíduos saudáveis que não haviam contraído a doença até o momento das aquisições de imagens. As imagens por Ressonância Magnética (RM) foram adquiridas em um scanner de 3 Tesla entre 24 de abril e 5 de setembro de 2021, aqui usadas de forma retrospectiva. Houve intervalo entre o diagnóstico de Covid-19 e a aquisição das imagens de 6 a 13 meses. As imagens estruturais foram usadas para estimar a espessura e o volume cortical de 68 regiões corticais e subcorticais. Análises de conectividade funcional região-para-região foram feitas com imagens de RM funcional em estado de repouso. Já a avaliação da anisotropia fracional na substância branca foram realizadas ao nível de voxel usando imagens ponderadas em difusão. O achado mais comum foi a diminuição da espessura cortical no grupo Covid-19, com predomínio em regiões frontais. Apenas o giro cingulado anterior caudal apresentou espessamento no grupo de pacientes. Considerando as comparações de volume, foram observados valores menores no giro lingual esquerdo dos pacientes e maiores no temporal transverso esquerdo e precuneus direito dos pacientes. Nenhuma alteração em conectividade funcional ou na integridade da substância branca foram identificadas em nossa análise. Nossos resultados sugerem que a alteração estrutural cerebral de indivíduos recuperados da Covid-19 envolve principalmente a redução da espessura cortical com regiões impactadas concentrando-se ao redor dos lobos frontais e rinencéfalo. Juntamente com relatos anteriores, esses resultados reforçam a hipótese de que a infecção por Covid-19 pode deixar mudanças estruturais duradouras no SNC. |