Efeito de um treinamento sobre ações de humanização em um grupo de profissionais que atuam na área de álcool e outras drogas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Clara Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-23082021-090645/
Resumo: NTRODUÇÃO: Em 2003, a Política Nacional de Humanização foi lançada e, até o momento, não há muitos dados publicados sobre este tema. Também não há estudos suficientes sobre treinamento e capacitação de profissionais de saúde mental que trabalham em ambiente hospitalar, nem tampouco como eles percebem e executam ações de humanização. OBJETIVO: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito de um treinamento em humanização para profissionais de saúde mental do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: O GREA é um serviço que realiza atendimentos, pesquisas e ensino na área das dependências e está inserido em um hospital universitário. Um modelo de treinamento na área de humanização foi desenvolvido pelos autores e consistia em duas sessões de treinamento com exposição do tema, discussão e promoção de uma dramatização sobre situações de atendimento, seguidas de debates entre os profissionais. Os principais conteúdos abordados foram: Acolhimento, Gestão Participativa, Ambiência, Ações Educativas e Educação Permanente para o Colaborador, Arte e Cultura e Práticas do Cuidado. Visando avaliar o impacto desse treinamento, os participantes responderam, antes e depois do treinamento, a um questionário composto por 34 itens que avaliava três dimensões de humanização: conhecimentos, habilidades e atitudes, mensurados pela: importância (i), quantidade de conhecimento (q) e domínio (d) sinalizados para as dimensões. Para a análise dos resultados, utilizamos o Teste t-Student, Análise de Variância de Uma Via (ANOVA) e Regressões Lineares Múltiplas. Foram selecionados 54 profissionais (médicos psiquiatras, residentes de psiquiatria, enfermeiros, residentes de enfermagem, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos). RESULTADOS: Os resultados mostraram que houve aumento das médias dos escores no pós-treinamento quando comparadas aos pré (p < 0,05). As diferenças pós vs pré foram em: conhecimentos, habilidades e atitudes. Entre as categorias profissionais as residentes de enfermagem foram as que apresentaram maior escore nos pós, seguidas dos psiquiatras, enfermeiras, residentes de psiquiatria, técnicos de enfermagem, psicólogas e assistentes sociais, considerando o Intervalo de Confiança de 95% e p < 005. Com uso das regressões lineares múltiplas, constatou-se que: gênero, tempo de atuação profissional, estado civil, vínculos empregatícios e/ou ter ou não filhos foram variáveis sociodemográficas que mostraram associações com os escores em humanização. A religião não mostrou nenhuma influência nestes escores. CONCLUSÕES: Concluímos que é possível melhorar o conhecimento, o domínio e a importância da humanização por parte de profissionais de saúde mental através de um treinamento rápido e de baixo custo que pode servir de base para implementação de iniciativas semelhantes em vários locais do Brasil e do mundo.