Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pinho, Paula Hayasi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-17112014-144843/
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Resumo: |
Introdução: A redefinição das políticas de atenção a Saúde Mental no Brasil redirecionou também a atenção aos usuários de álcool e outras drogas, como dispositivo central a política do Ministério da Saúde instituiu em 2002, em todo o território nacional, os Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas. Considerando que se trata de serviços de saúde pública, com pouco mais de uma década de existência, os processos avaliativos desses equipamentos tornam-se relevantes. Objetivo: Avaliar a estrutura, o processo e os resultados do tratamento recebido de uma amostra de CAPS ad do munícipio de São Paulo-SP. Metodologia: Estudo avaliativo quantitativo, transversal, descritivo e exploratório, realizado em 12 CAPSad do município de São Paulo-SP, com abordagem Donabediana. A amostra do estudo constituiu-se de 760 participantes divididos entre profissionais, usuários e familiares de usuários dos CAPSad. Para a coleta dos dados foram aplicados: um questionário sócio demográfico, a SATIS-BR para profissionais, usuários e familiares, a EMP para usuários e familiares e a EAFAAA para os profissionais. Resultados: Na dimensão de estrutura foi evidenciada percepção favorável dos usuários e familiares, contraditoriamente aos profissionais que apresentaram uma percepção mediana. Em relação ao processo as atividades terapêuticas desenvolvidas foram heterogêneas, com ênfase nos atendimentos individuais e nas atividades grupais desenvolvidas com os usuários dentro dos CAPS e pouca integração aos outros equipamentos de saúde ou dos recursos do território. Quanto aos resultados obtivemos níveis elevados de satisfação com o serviço (SATIS_BR), por parte dos usuários (escore médio 4,71) e familiares (4,23); enquanto que por parte dos profissionais o grau de satisfação apresentou-se entre a indiferença e a satisfação (3,77). Com relação à mudança que os usuários e seus familiares perceberam após o inicio do tratamento no CAPSad, medida pela EMP, observou-se que ambos perceberam melhoras, sendo a média do usuário 2,62 e do familiar 2,50. Os resultados obtidos com a EAFAAA sugerem que os profissionais do CAPS ad apresentam atitudes positivas frente ao usuário de AOD, com um escore médio de 3,5. Conclusões: Esses resultados sugerem que os CAPSad, apesar de algumas fragilidades, cumprem com o seu papel por meio do estabelecimento de vínculos, da construção da co-responsabilidade e de uma perspectiva ampliada da clínica, transformando esses serviços em locais de acolhimento e enfrentamento coletivo das situações ligadas ao uso de AOD. Alertamos que algumas semelhanças encontradas entre o CAPS de Saúde Mental e o CAPS ad podem contribuir para a perpetuação da vigência do modelo jurídico moral que vê o usuário de AOD como marginal ou doente, não abarcando todas as possibilidades de trabalho existentes nessa área |