Saúde mental e o uso abusivo de álcool e outras drogas em universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Brígido, Luciana Aparecida de Morais
Orientador(a): Drummond, Andréia Maria Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/f0bef4f4-5f96-46b3-8a7c-1ed068dbfedc
Resumo: O uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas entre os universitários têm gerado uma série de problemas psicossociais por estar associado ao desencadeamento de transtornos mentais e ainda coincidir com um período de transição do ensino médio à universidade. O objetivo dessa pesquisa foi identificar o uso indiscriminado de álcool e outras drogas, associando-os a transtornos mentais relatados pelos universitários. Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Utilizou-se do Questionário para Triagem do uso de Álcool, Tabaco e Outras Substâncias, a Escala de Dependência de Álcool e o Self-Reporting Questionnaire, aplicados via plataforma online (Google Forms), além da coleta de dados sociodemográficos, socioeconômicos, condições de saúde, ano de admissão, curso e regularidade na universidade. Participaram da pesquisa um total de 310 universitários com 18 anos ou mais de idade, sendo que 94,8% (n=275) tinham até 30 anos de idade. A idade média foi de 23,08±4,38 anos, sendo a maioria do sexo feminino (63,5%, n=197), solteira (93,8%, n=291) e residentes em Minas Gerais (95,5%, n=273). A maioria relatou ser heterossexual (73,7%, n=232), entretanto, apenas 49,2% da amostra (n=155) optou por relatar a identidade de gênero, sendo a maioria mulher ou homem cisgêneros (54,7%, n=127). A grande maioria dos universitários não trabalha (84,4%, n=266) ou recebe bolsa de iniciação científica (86%, n=271), mora com amigos em repúblicas ou familiares (77,1%, n=243), estuda em horário integral (64,1%, n=202) na área da saúde/biológicas (49,2%, n=155), tendo ingressado na universidade entre os anos de 2018 e 2019 (41,2%, n=130). Na avaliação de sofrimento mental dos universitários, observou-se que metade da amostra apresentou sofrimento mental (49,2%, n=155). Segundo o risco do padrão de consumo de cada droga questionada, observou-se que nenhuma droga foi classificada como alto risco, não sugerindo dependência pelos universitários participantes. Porém, observou-se risco moderado para tabaco (16,8%, n=52), maconha (11%, n=34), cocaína (3,9%, n=12) e álcool (1,3%, n=4). As instituições de ensino devem focar em estratégias mais eficientes e viáveis para a prevenção do consumo de substâncias psicoativas por meio da criação de espaços de acolhimento de universitários, troca de experiências e apoio profissional. Ainda, faz-se necessário uma maior inserção do tema na formação acadêmica para que este fenômeno seja amplamente compreendido.