Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Zanchet, Livia |
Orientador(a): |
Palombini, Analice de Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/102321
|
Resumo: |
Este trabalho constitui-se como uma narrativa de experiência que busca mostrar os efeitos de uma intervenção urbana construída para disseminar outros modos de pensar a saúde, diante de um contexto de transformação de comportamentos tidos como indesejáveis em transtornos que requerem cuidados médicos, acarretando um uso crescente de medicamentos controlados. Embora o propósito inicial da intervenção pretendesse alcançar a temática do estigma carregado pela loucura, terminou por incidir sobre as práticas medicalizadas – entende-se que este deslocamento, se diz respeito a uma troca de posição, expressa um mesmo lugar de desvalia e clausura direcionado às manifestações da diferença – antes entregues aos espaço manicomial, hoje contidas por meio de diagnósticos e do uso de psicofármacos. Percebe-se que as marcas da loucura seguem necessitando ser silenciadas. A intervenção chamada Receituário Mais que Especial foi criada a partir do encontro da pesquisadora com o Espaço Liso, projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, constituído como um grupo interdisciplinar de arte e experimentação envolvendo produções de Arte na sua interface com a Saúde e a Educação. As prescrições que se produziram por meio do Receituário eram lúdicas e as mais inusitadas, direcionadas a crianças, adolescentes, adultos e idosos, com o objetivo de, por meio da delicadeza, da ocupação do espaço público e do cuidado, permitir aos sujeitos experimentar o lugar da fala e da escuta e, diante da velocidade e atropelamento do cotidiano, buscar olhar para seus próprios movimentos de vida e para aquilo que lhes incita prazer. Num mundo marcado pelo crescente aumento da medicalização, o que se quis com esta atividade foi a criação de um espaço de conversa onde os aspectos de saúde fossem colocados em primeiro plano e, desta forma, a busca por alisar o espaço estriado do discurso medicalizado. |