Características do milho associadas com a resistência à lagarta da espiga, Helicoverpa zea (Boddie, 1850)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1974
Autor(a) principal: Ferreira, Evane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-151609/
Resumo: Avaliou-se a massa de grãos danificados pela , Helicoverpa zea (Boddie) em 7.909 espigas de milho do experimento, que reuniu nas condições de Piracicaba - São Paulo, 82 diferentes genótipos de várias regiões do Brasil e estudou-se as relações do dano avaliado com: dados de coleta dos adultos da espécie em armadilha luminosa, instalada nas proximidades do experimento; 13 características das plantas, medidas no campo e nas espigas colhidas, e grau de infestação das espigas por Sitotroga cerealella (Olivier), Sitophilus zeamais MotschuZsky, e por ambos. As características das plantas medidas no campo e nas espigas superiores colhidas, foram as seguintes: - data da emissão dos estilo-estigmas nas espigas superiores, - altura das plantas, - altura das espigas superiores, - cor dos estilo-estigmas, - diâmetro do feixe de estilo-estigmas, - comprimento dos estilo-estigmas, - duração dos estilo-estigmas, - extensão das brácteas além da ponta da espiga, - abertura das extremidades das brácteas, - comprimento da espiga, - diâmetro da ponta da espiga, - diâmetro da espiga a 5 cm da ponta, - comprimento da ponta branca da espiga. Os resultados demonstraram que houve uma correlação negativa (r = - 0,789) entre o número de plantas de milho que iniciaram a emissão de estilo-estigmas e o dano médio causado por H. zea. O número de plantas em condições de maior atratividade para as fêmeas ovopositarem foi suficiente para explicar 62% da variação do dano ocorrido no campo. As coletas de adultos de H. zea efetuadas com armadilha luminosa, revelaram que a população de adultos da praga durante o período de florescimento das plantas, não foi causa aparente de variação no dano. Houveram cinco das características observadas nas plantas, que relacionaram-se com o dano causado por H. zea. Ficou evidenciado, que plantas mais altas, com ponta branca da espiga maior e com estilo-estigmas verdes, tinham a tendência de serem menos danificados, enquanto que plantas com brácteas mais compridas além da ponta da espiga e mais abertas, tinham a tendência de serem mais danificadas. A altura da espiga na planta e o comprimento da espiga aparentemente relacionaram-se de maneira negativa com o dano. Foi demonstrado, todavia, que essas características não tiveram relação direta com o dano. As espigas mais compridas, foram em geral menos danificadas, porque tinham brácteas menores, ponta branca maior e eram de plantas mais altas. As espigas mais altas apresentaram tendência de serem menos danificadas, porque, em geral elas eram de plantas mais altas. O estudo de relações entre algumas características observadas e o dano, feito dentro de cada genótipo separadamente, mostrou que essas relações não são constantes, podendo variar de genótipo para genótipo. As infestações de gorgulho (Sitophilus zeamais) e traça (Sitotroga cerealella), foram influenciadas pelo dano da H. zea, abertura e comprimento das brácteas além da ponta da espiga.