Bioecologia de Trichogramma pretiosum Riley, 1879, visando avaliar o seu potencial para controle de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) e Helicoverpa zea (Boddie, 1850) em milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Sa, Luiz Alexandre Nogueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20200111-133444/
Resumo: Foram estudados aspectos bioecológicos de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 em laboratório, em casa-de-vegetação e no campo, visando informações básicas para o controle biológico de Helicoverpa zea (Boddie, 1850) e Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797), em milho. Os experimentos de laboratório e em casa-de-vegetação, foram desenvolvidos no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba-SP), e os estudos de dinâmica populacional das duas pragas e do parasitismo por T.pretiosum, bem como a avaliação da eficiência do parasitoide no campo, para controle de H. zea , foram conduzidos em Santo Antônio de Posse e Jaguariúna, SP. Em laboratório, a duração média do ciclo biológico (ovo-adulto) de T. pretiosum foi semelhante em ovos de H. zea e A. kuehniella, sendo a longevidade maior neste último. A capacidade de parasitismo de 2 linhagens de T. pretiosum sobre ovos de Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) foi constante, com elevada concentração do parasitismo nos quatro primeiros dias de vida da fêmea. Em casa-de-vegetação, a concentração de ovos de H. zea aumentou a eficiência de parasitismo de T. pretiosum. Obteve-se um maior parasitismo liberando-se 11 parasitóides por ovo de H. zea. A dinâmica populacional de ovos de H. zea e de S. frugiperda esteve correlacionada com a fenologia do milho. A flutuação das pragas e do parasitóide foi variável com a cultivar de milho estudada. O parasitismo de T. pretiosum acompanhou a dinâmica das pragas, atingindo 95% em condições naturais para H. zea. O tipo de ovo e de postura afetaram o parasitismo por T. pretiosum, sendo este maior nos ovos individualizados de H. zea e menor naqueles de S. frugiperda, em camadas e protegidos por grande quantidade de escamas, inviabilizando, neste último caso, a utilização do parasitóide para controle. A capacidade de dispersão de T. pretiosum, 36 horas após liberação, foi de 80 a 102 m2 em relação aos ovos de H. zea, e de 37 m2 para S. frugiperda. Ocorreu uma relação inversa entre parasitismo e predação natural por insetos para ovos de H. zea nas duas localidades estudadas. Em função dos resultados obtidos determinou-se que a liberação para controle de H. zea deve ser feita em 100 pontos por ha. Observou-se um incremento de até cinco vezes no parasitismo de ovos de H. zea quando foram realizadas 3 liberações de 100.000 adultos de T. pretiosum, por ha, que pode ainda estar subestimado devido à alta predação natural de ovos no campo; a redução no dano nas espigas por H. zea em áreas de liberação de T. pretiosum foi de até 26%, mostrando o potencial de controle biológico desta praga.