Avaliação radiográfica dos efeitos da carga oclusal excessiva sobre implantes dentários SLA e SLActive restaurados precocemente: estudo experimental em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Chambrone, Leandro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-08052012-165446/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados radiográficos obtidos pelas analises de subtração radiográfica digital e linear de implantes dentários com superfície SLA e SLActive submetidos a carga funcional e sobrecarga oclusal precoce restaurados com reconstruções em cantilever (pôntico suspenso). Cinco cães beagle tiveram seus pré-molares mandibulares extraídos bilateralmente. Após três meses, retalhos foram elevados e seis implantes (três SLA e três SLActive) foram instalados em um desenho de boca dividida e aleatorização por blocos. Após quatro semanas, os implantes foram restaurados em cada lado da mandíbula da seguinte forma: uma coroa unitária com contatos oclusais estáveis (OE), uma coroa e uma unidade de cantilever com contatos oclusais excessivos (SO), e um implante protegido pela unidade em cantilever que não recebeu carga funcional (NR). Os cães foram mantidos em um programa de controle de placa periódico, durante o período do experimento. Radiografias padronizadas foram tomadas utilizando-se guias radiográficas individualizadas e padronizadas em dois momentos: na instalação das próteses e 24 semanas após o carregamento. Análises de subtração radiográfica digital e medições lineares (entre um plano projetado entre os ombros do implante e o primeiro contato implante-osso) foram realizadas. As análises estatísticas, ANOVA para medidas repetidas, ANOVA para dados equilibrados e teste t de Bonferroni foram utilizados para identificar diferenças entre as médias, entre os seis grupos avaliados: SLA OE, SLA SO, SLA NR, SLActive OE, SLActive SO e SLActive NR. Achados gerais similares foram observados para os grupos SLA e SLActive (todos os grupos OE, NR e SO) em relação ao nível ósseo peri-implantar e as dimensões das áreas indicando alterações de densidade óssea ao redor dos implantes. As mensurações lineares variaram de 1,61 mm (grupo SLActive SO) a 1,94 mm (grupo SLA SO) no tempo 0 (antes da aplicação das cargas funcionais) e 2,00 mm (grupo SLA SO) a 2,99 mm (grupo SLActive NR) na avaliação após 24 semanas, sem diferenças estatisticamente significativas dentro ou entre-grupos (p = 0,672). Com relação à área de mudança de densidade óssea, esta variou de 0,91 mm2 (grupo SLA OE) para 1,40 mm2 (grupo SLA SO), mas sem diferenças significativas entre os grupos (p = 0,568). Por outro lado, um ganho de densidade óssea estatisticamente significativa foi encontrado para o grupo SLA com sobrecarga oclusal (p = 0,012). Nenhuma diferença significativa na alteração de densidade óssea foi detectada entre os outros cinco grupos (p> 0,05). Em conclusão, a sobrecarga oclusal precoce aplicada sobre implantes restaurados com reconstruções em cantilever, não levou a mudanças significativas na altura óssea peri-implantar após 24 semanas. No entanto, a densidade óssea ao redor de implantes SLA com sobrecarga oclusal, foi significativamente maior que nos outros grupos.