Ensino clínico sob o paradígma da prática embasada em evidências: integração da teoria e prática para a prevenção da úlcera por pressão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Volpato, Marcia Paschoalina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09022015-201722/
Resumo: A úlcera por pressão, considerada um evento adverso, compromete a segurança do paciente sob os cuidados dos profissionais de saúde. Uma das formas de proporcionar segurança é por meio da prática baseada em evidência que pode ser implementada com estudantes pelo uso de metodologias ativas de ensino- aprendizagem. O objetivo geral do estudo foi propor uma metodologia de ensino para estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina, pela avaliação do risco de desenvolvimento da úlcera por pressão em pacientes internados em uma unidade médico-cirúrgica e pela identificação das prescrições de enfermagem para a prevenção nos registros em prontuários. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa institucional e realizou-se utilizando métodos quantitativos e qualitativos, com delineamento descritivo, ocorrendo em três fases. A primeira foi um workshop sobre prática baseada em evidência. A segunda foi desenvolvida pelos estudantes e pesquisadora e a coleta de dados foi realizada com 21 pacientes hospitalizados em unidade médico-cirúrgica durante 15 dias sequenciais, em que avaliou-se o risco para úlcera por pressão por meio da Escala de Braden e os registros das prescrições de enfermagem relacionados ao uso das evidências para prevenção de úlcera por pressão. A terceira foi desenvolvida com os estudantes para investigar o significado da experiência com a metodologia de ensino. Os 21 pacientes avaliados tinham a média de idade de 44,76 anos e diagnósticos médicos mais frequentes de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (42,86%). No primeiro dia de avaliação, considerando a escore total da Escala de Braden, 17 pacientes (80,95%) tinham risco entre moderado e muito alto. Na inspeção da pele foram identificadas 25 úlceras por pressão, sendo a localização mais frequente na região sacral (44%) e as classificações predominantes foram no estágio I e II. Na análise dos prontuários, não foram identificadas anotações dos enfermeiros referentes à avaliação do risco e nem ao uso da Escala de Braden. As prescrições de enfermagem mais frequentes para a prevenção da úlcera foram mudança de decúbito, uso de coxins, proteção contra a umidade e uso de cremes hidratantes, e a menos frequente foi a manutenção da cabeceira até 30 graus. Não foi encontrada associação entre as medidas de prevenção prescritas e os subescores da escala de Braden. O significado das experiências de oito estudantes que participaram da pesquisa foi investigado pela análise de conteúdo das falas obtidas nas discussões em grupo e identificaram-se duas categorias: aprendendo sobre o tema úlcera por pressão e conhecendo a realidade da instituição e da enfermagem sobre a úlcera por pressão. Concluiu-se que os estudantes relacionaram a teoria à prática, identificaram as competências do enfermeiro na avaliação do paciente com risco para úlcera por pressão, aprimoraram o conhecimento nos estágios da úlcera por pressão e identificaram a Escala de Braden como suporte para avaliação de risco para a úlcera por pressão. Os estudantes, ainda, identificaram a falta de cuidados pela equipe de enfermagem e a importância da presença da família e perceberam a necessidade da prática segura em relação à úlcera por pressão