Conhecimento das recomendações para a prevenção da úlcera por pressão pela equipe de enfermagem de um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Miyazaki, Margareth Yuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07102009-145047/
Resumo: Na busca da qualidade de assistência nos serviços de saúde enfatiza-se a necessidade de conhecimento científico dos profissionais de enfermagem relacionado à prevenção da úlcera por pressão (UP), visto que frequentemente a prática não é baseada em evidências, e sim em mitos, tradições e experiências. Em âmbito internacional, existem várias diretrizes para a prática clínica que apresentam recomendações. Os objetivos deste estudo foram investigar o conhecimento dos membros da equipe de enfermagem que atuam diretamente na assistência a pacientes adultos e idosos em um hospital universitário sobre a prevenção da úlcera por pressão, e explorar a relação dos escores do teste de conhecimento com variáveis sócio-demográficas e estratégias de busca de informações científicas. Trata-se de pesquisa descritiva-exploratória, com métodos quantitativos. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética da instituição e os dados foram coletados por meio de um instrumento estruturado e validado. Dos 386 participantes, 64,8% eram auxiliares/técnicos de enfermagem e 35,2% enfermeiros. A porcentagem média de acertos no teste de conhecimento foi 79,4% (DP 8,3) para os enfermeiros e 73,6% (DP 9,8) para os auxiliares/técnicos de enfermagem. Dos participantes, 92 (23,9%) acertaram menos de 70% no teste. Em relação à avaliação e classificação da UP, os itens com acertos menores do que 60% foram referentes à classificação da UP em estágio II (29,5%) e III (37%) e a presença da dor na UP em estágio II (56,5%). Os itens sobre prevenção com acertos menores do que 50% foram referentes ao uso da massagem (39,6%), rodas dágua ou de ar (35,2%), luvas dágua ou ar (47,9%), ao posicionamento do paciente quanto elevação da cabeceira do leito (27,7%), e ao período de tempo para reposicionamento quando sentado na cadeira (28%) e em decúbito lateral (37,3%). A porcentagem de acertos dos auxiliares/técnicos de enfermagem diminuiu com o tempo de formação profissional assim como com o tempo de serviço (p<0.05). A porcentagem de acertos dos enfermeiros com Especialização foi maior (80,6%) do que os sem Especialização (77,6%) e dos enfermeiros com Mestrado foi maior (83,1%) do que os sem Mestrado (79,1%). Os enfermeiros que participaram em pesquisa durante a graduação obtiveram porcentagem de acertos maiores do que aqueles que não participaram (p<0.05). As porcentagens de acertos dos que participaram em eventos científicos, comissões ou grupos de estudos e em atividades educacionais da instituição foram maiores dos que não participaram, (p<0.05). Os enfermeiros que faziam assinatura de revistas científicas e leitura de publicações científicas obtiveram maior porcentagem de acertos (p<0.05). Também os participantes que faziam o uso da biblioteca e da internet para a busca de informações científicas obtiveram melhor escore (p<0.05). Em relação às estratégias de busca de informações científicas com outros profissionais, a porcentagem de acertos obtida pelos participantes foi maior naqueles que afirmaram utilizar qualquer uma das formas. Os resultados obtidos podem auxiliar a identificar fatores antecedentes que interferem no conhecimento dos membros da equipe de enfermagem e nortear no contexto estudado, o planejamento de estratégias para disseminação e adoção de medidas preventivas tidas como inovações.