Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Simão, Carla Maria Fonseca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-16112010-095225/
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Resumo: |
As instituições de saúde buscam melhorar a qualidade assistencial e segurança do paciente reduzindo agravos como a ocorrência da Úlcera por Pressão (UPP) pela análise dos processos que interferem neste resultado, um indicador de qualidade da enfermagem e serviços de saúde. Estudo objetivou analisar a ocorrência de Úlcera por Pressão em Unidades de Terapia Intensiva e a conformidade do uso de medidas preventivas pelos enfermeiros. Utilizando desenho descritivo exploratório com análise quantitativa, foram analisados dados sociodemográficos e clínicos de pacientes internados em quatro UTIs, incidência e prevalência de UPP, ações para prevenção registradas em prontuário, concordância entre enfermeiros e pesquisadora quanto subescores e escore total da escala de Braden e classificação de risco para UPP. Foram avaliados 346 pacientes, sendo 68 na UTI 1, 84 na UTI 2, 97 na UTI 3 e 97 na UTI 4. Desses, 61,8% eram do sexo masculino, média de idade 56 anos, tempo médio de internação nas UTIs 8,51 dias. A maioria apresentou escores médios na escala entre 13 e 16 na avaliação inicial. Cinqüenta e quatro pacientes (15,6%) foram admitidos na UTI com UPP e 40 (13,69%) pacientes desenvolveram UPP enquanto internados na UTI. Os pacientes que tiveram maior freqüência de UPP eram de alto risco com escores de 10 a 12. Houve predomínio de UPP na região sacral e de estágio II. A maioria desenvolveu-se entre o 2º e o 7º dia de internação e a maior freqüência ocorreu nos pacientes com idade 60 anos. Em 100% dos prontuários não havia registro de enfermagem sobre o risco do paciente para UPP. Havia 39,7% registros corretos de pele íntegra e 85,5% registros corretos da presença de UPP. Quanto ao registro do estadiamento da UPP, a maioria não apresentava conformidade com as recomendações internacionais. Os pacientes admitidos com UPP tiveram maior número de registro de medidas preventivas (57%), com maior freqüência para a hidratação da pele (80,3%) e uso do colchão caixa de ovo (66,9%). Vinte e dois enfermeiros participaram da avaliação da concordância dos dados dos pacientes com a pesquisadora. Tinham tempo médio de profissão de 5 anos e tempo de atuação nas UTIs de 2 anos e oito meses. Houve concordância geral para os escores das subescalas Percepção Sensorial, Mobilidade, Fricção e Cisalhamento. A subescala Umidade, obteve pobre concordância nas UTIs 2 e 4, e não houve concordância na UTI 3. Nas UTIs 3 e 4 não houve concordância para a subescala Atividade e nas UTIs 2 e 4 para a subescala Nutrição. Quanto ao escore total da escala de Braden e classificação em níveis de risco, a concordância ocorreu apenas nas UTIs 1 e 2 (Kappa > 0,5). Os resultados obtidos demonstram a necessidade da avaliação do processo da assistência de enfermagem, de modo a identificar a conformidade das ações de enfermagem e os aspectos que exigem mudanças institucionais, já que podem interferir na ocorrência da UPP visando à melhoria da qualidade e maior segurança para os pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva. |