Associação entre a pontuação Dieta Mind (Mediterranean - Dash Intervention for Neurodegenerative Delay) e Transtornos Mentais Comuns em idosos de São Paulo: Estudo de Base Populacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ávila, Mariana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-09082019-143639/
Resumo: Introdução: Dentre as diferentes manifestações de saúde que acometem os idosos, pode-se destacar os Transtornos Mentais Comuns (TMC). Sugere-se que a adesão a padrões alimentares específicos, como a dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay), possa atenuar ou reduzir os riscos relacionados ao envelhecimento. A Dieta MIND tem como princípio ingestão elevada de frutas vermelhas, vegetais verdes folhosos e demais vegetais, aves, peixes, oleaginosas, leguminosas, grãos integrais, azeite de oliva extra-virgem, vinho tinto, e por sua vez, uma ingestão baixa de carnes vermelhas, doces e massas, queijos, manteiga, margarina, além dos alimentos convencionalmente chamados de \"fast food\". Objetivo: este estudo tem como objetivo identificar, em idosos, a pontuação do padrão dietético MIND e investigar a associação entre essa pontuação e a presença de TMC. Métodos: a amostra para o presente estudo é derivada do Inquérito de Saúde - ISA Capital Nutrição, no período de 2015. Foram estudados, nessa amostra, 545 idosos (acima de 60 anos), de ambos os sexos. Os dados alimentares da amostra foram obtidos a partir de dois recordatórios alimentares de 24 horas, que foram corrigidos para identificação da dieta habitual, e calculados quanto à ingestão dos grupos alimentares que constituem a dieta MIND. Além disso, a pontuação à dieta MIND foi identificada a partir da mediana da ingestão dos grupos determinados. A presença de TMC foi avaliada por meio da aplicação do SRQ-20 (Self-Reported Questionnaire). Foram ainda consideradas algumas variáveis de ajuste (sexo, idade, raça, nível de atividade física de lazer, presença de doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e diabetes mellitus, renda familiar total, Índice de Massa Corporal e escolaridade). Resultados: os participantes avaliados eram em sua maioria mulheres, inativas, com presença de doenças crônicas. Não houve associação significativa quanto a adesão à pontuação da dieta MIND e TMC, contudo, alguns componentes da dieta, quando associados isolados, mostraram associação significativa e protetora (vegetais verdes folhosos, outros vegetais não folhosos e leguminosas). Por sua vez, o consumo de carnes vermelhas mostrou correlação negativa para TMC. Conclusão: O presente estudo não encontrou associação significativa entre a pontuação 7 da dieta MIND e TMC entre os idosos, entretanto, quando se analisou os componentes do padrão dietético MIND isolados em relação a TMC, encontrou-se correlação positiva para os grupos de vegetais verdes folhosos, outros vegetais e leguminosas e correlação negativa para o grupo de carnes vermelhas. Desse modo, estratégias nutricionais voltadas à saúde da função cerebral, com foco em um maior consumo de alimentos protetores e menor consumo de alimentos não-protetores presentes na dieta MIND, podem auxiliar beneficamente a população, especialmente os idosos.