Papel preditivo das experiências adversas na infância para a Mind-Mindedness Materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Borges, Marcela de Mello Bispo
Orientador(a): Osório, Ana Alexandra Caldas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
eng
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39969
Resumo: A presente pesquisa investiga a relação entre as Experiências Adversas na Infância (EAIs), que são eventos traumáticos ocorridos durante infância e juventude, e a Mind-mindedness materna (MM), que é a habilidade dos cuidadores em interagirem com seus filhos fazendo referência a estados mentais, avaliando o papel mediador da saúde mental materna. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e correlacional, com 68 díades de mães e bebês aos seis meses de idade. As EAIs foram avaliadas com a Escala de Experiências Traumáticas na Infância e Juventude (ETIJ), score total da escala; a MM interacional foi medida a partir de interações semiestruturadas de 9 minutos, vídeo gravadas e posteriormente transcritas; a saúde mental materna foi avaliada através da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS), score total da escala. Os resultados indicaram que um maior número de EAIs relatadas pelas mães é preditivo de um maior número de sintomas depressivos bem como da redução da proporção de comentários sintonizados com os estados mentais dos bebês. Não se observaram relações significativas entre comentários não sintonizados e as EAIs e sintomas depressivos maternos. Por fim, os sintomas depressivos maternos não mediaram a relação entre EAIs e a proporção de comentários sintonizados. Portanto, nossos resultados revelaram que as EAIs impactam negativamente a MM materna de maneira direta, sendo que a saúde mental materna, representada pelos sintomas depressivos, não desempenhou um papel mediador nesse contexto. Tais evidências contribuem para a compreensão da transmissão intergeracional do trauma e seus efeitos na MM materna.