Papel preditivo das experiências adversas na infância para a Mind-Mindedness Materna
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39969 |
Resumo: | A presente pesquisa investiga a relação entre as Experiências Adversas na Infância (EAIs), que são eventos traumáticos ocorridos durante infância e juventude, e a Mind-mindedness materna (MM), que é a habilidade dos cuidadores em interagirem com seus filhos fazendo referência a estados mentais, avaliando o papel mediador da saúde mental materna. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e correlacional, com 68 díades de mães e bebês aos seis meses de idade. As EAIs foram avaliadas com a Escala de Experiências Traumáticas na Infância e Juventude (ETIJ), score total da escala; a MM interacional foi medida a partir de interações semiestruturadas de 9 minutos, vídeo gravadas e posteriormente transcritas; a saúde mental materna foi avaliada através da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS), score total da escala. Os resultados indicaram que um maior número de EAIs relatadas pelas mães é preditivo de um maior número de sintomas depressivos bem como da redução da proporção de comentários sintonizados com os estados mentais dos bebês. Não se observaram relações significativas entre comentários não sintonizados e as EAIs e sintomas depressivos maternos. Por fim, os sintomas depressivos maternos não mediaram a relação entre EAIs e a proporção de comentários sintonizados. Portanto, nossos resultados revelaram que as EAIs impactam negativamente a MM materna de maneira direta, sendo que a saúde mental materna, representada pelos sintomas depressivos, não desempenhou um papel mediador nesse contexto. Tais evidências contribuem para a compreensão da transmissão intergeracional do trauma e seus efeitos na MM materna. |