Rastreamento do câncer bucal: aplicações no Programa Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Sartori, Luís Cláudio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-06102022-164800/
Resumo: O câncer bucal é responsável por uma proporção de óbitos no Brasil e medidas de prevenção primária e secundária têm sido recomendadas. Dentre as últimas, pode-se destacar a aplicação de técnicas de rastreamentos para a identificação de lesões malignas e pré-malignas. As técnicas de rastreamento podem ser aplicadas a fim de identificar indivíduos mais vulneráveis, oferecer assistência mais precoce e reduzir danos. O propósito deste estudo foi analisar a eficácia do rastreamento de lesões bucais, na população de cinqüenta e mais anos de idade, ambos os sexos, cadastrada em unidades de saúde da família e avaliar o seu potencial para auxiliar no controle do câncer bucal e na organização da demanda à assistência. Tomando por universo 30.828 famílias, assistidas por 30 equipes de saúde, que operavam em sete unidades de saúde da família, pertencentes ao município de São Paulo e gerenciadas em co-parceria com a Casa de Saúde Santa Marcelina, dados secundários do sistema de informações relativos a 2980 cadastrados, foram analisados. Registros individuais, relativos ao rastreamento realizado em espaços sociais e à assistência odontológica realizada posteriormente em ambiente clínico, foram concatenados em uma base eletrônica. Durante o rastreamento, os tecidos moles da cavidade da boca foram examinados e os cadastrados foram incluídos em uma das seguintes condições: (O) aparentemente saudáveis, (1) alterações sem potencial de malignidade e (2) alterações com potencial de malignidade. Estimativas por ponto e por intervalo de confiança (95%), relativas às medidas de sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo foram calculadas. Os resultados mostraram que 18% dos rastreados foram considerados positivos ao teste (categorias 1 + 2). Ao exame clínico, foram registradas 133 lesões (4,46%), sendo confirmados 8 casos de câncer bucal, correspondendo a uma taxa de prevalência de 27 casos em 10 mil, bastante superior ao esperado. Considerando positivos ao teste os incluídos nas categorias 1 + 2, as medidas observadas foram: S: 91,73% [90,74 - 92,72]; E: 85,42% [84,15 - 86,65]; VPP: 22,72% [21,22 - 24,22]. Considerando positivos ao teste aqueles incluídos na categoria 2, as medidas encontradas foram: S: 26,00% [24,43 - 27,57]; E: 97,27% [96,68 - 97,85]; VPP: 13,98% [12,74 - 15,22]. Hipóteses explicativas relativas aos valores observados e ações para ajustar o instrumento de rastreamento são discutidas