Valor prognóstico da imunoexpressão de podoplanina e de CD44v6 na recidiva locorregional dos pacientes com câncer de lábio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Garcia, Alexandre Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25150/tde-05092017-203930/
Resumo: O objetivo deste estudo consistiu em avaliar a expressão imuno-histoquímica da podoplanina e do CD44v6 pelas células malignas, verificando a associação destas proteínas com as variáveis clínicas, microscópicas, com o índice histopatológico de malignidade e com a sobrevivência livre de doença de 91 pacientes portadores de carcinomas espinocelulares (CEC) de lábio inferior, tratados no Centro de Tratamento e Pesquisa do Hospital do Câncer A.C.Camargo, São Paulo. Os tumores foram corados, separadamente, com os anticorpos anti-podoplanina e anti-CD44v6, sendo avaliada a imunoexpressão destas proteínas pelas células neoplásicas, no front de invasão tumoral, por meio de um método semi-quantitativo de escores. A associação da expressão da podoplanina e do CD44v6 com as variáveis demográficas, clínicas e microscópicas foi feita pelo teste do qui-quadrado ou exato de Fisher. As taxas de sobrevivência livre de doença, acumuladas em cinco e dez anos, foram calculadas pelo teste de Kaplan-Meier e a influência das variáveis clínicas e microscópicas no prognóstico avaliadas pelo modelo de regressão de Cox. A correlação entre a podoplanina e o CD44v6 foi analisada pelo teste de Spearman. Em todos os testes estatísticos utilizou-se um nível de significância de 5%. Os resultados mostraram uma predominância da forte expressão membranosa e citoplasmática da podoplanina pelas células malignas. Verificou-se uma associação significativa da podoplanina citoplasmática com a recidiva locorregional (p=0,028) e da podoplanina membranosa com o índice histopatológico de malignidade tumoral (p=0,026). O CD44v6 foi fortemente expresso pelas células neoplásicas de 95,4% dos CECs e significativamente, associado com o estadiamento clínico T (p=0,034). Não houve correlação entre a podoplanina e o CD44v6 nos CECs de lábio inferior. A forte expressão de podoplanina membranosa (p=0,016) e citoplasmática (p=0,030) pelas células malignas foi fator de prognóstico favorável independente na sobrevivência livre de doença. Concluímos que a podoplanina e o CD44v6 são fortemente expressos pelas células neoplásicas e que a forte imunoexpressão membranosa e citoplasmática da podoplanina pode auxiliar na identificação do risco de recidiva locorregional nos pacientes portadores de carcinoma espinocelular de lábio inferior.