Aspectos do cancro mole no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Santos Junior, Manuel Fernando Queiroz dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-11012018-103429/
Resumo: No período compreendido entre 1985 a 1989 foram registrados no Serviço de Dermatologia Sanitária da Faculdade de Saúde Pública de Universidade de São Paulo 202 pacientes portadores de cancro mole, o que compreendeu o universo de estudo. Mapeou-se os possíveis focos geográficos da doença distribuídos pelos 11 Distritos, 48 Subdistritos e 8 Escritórios Regionais de Saúde (ERSA) que compõe o Município de São Paulo. Os subdistritos de Butantã e Santo Amaro concentraram o maior número de casos (55) e o ERSA-1 apresentou 74 casos (36,6 por cento ). A idade concentrou-se entre 20 e 30 anos, havendo um aumento progressivo em menores de 20 anos. Os homens participaram numa proporção de 7:1 mulher, com tendência a diminuir. Houve nítida redução da participação da prostituição como fonte de contágio. O período de incubação variou de 1 a 41 dias com 60,5 por cento nos primeiros 7 dias. A lesão foi única em 33,7 por cento dos casos masculinos. O tempo da doença reduziu-se e o enfartamento inguinal ocorreu em 49 por cento dos casos. Referiram passado venéreo 123 pacientes variando de 1 a mais de 5 episódios. A soropositividade para sífilis revelou-se alta (28,2 por cento ). Em um outro período (1989-1991) foram pesquisados 42 casos de cancro mole para Anticorpos anti-Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH-1) confirmados pelo WESTERN BLOT, resultando 16,6 por cento de sororeatividade. O estudo desta soropositividade revelou que o risco da mulher portadora de um cancro mole apresentar-se infectada pelo VIH-1 parece ser maior do que para o homem. Diante destes resultados, recomenda-se a implantação imediata da notificação compulsória de todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis, bem como a pesquisa rotineira para sífilis e para o VIH-1 nas populações de risco identificadas.