Phyllocnistis citrella Stainton , 1856 (Lepidoptera : Gracillariidae) : bioecologia e relação com cancro cítrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Chagas, Marcone César Mendonça das
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191220-131055/
Resumo: A pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de se estudarem aspectos biológicos do minador-dos-citros, Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 em diferentes temperaturas e umidades relativas do ar, bem como avaliar a sua relação com a bactéria do cancro cítrico, Xanthomonas axonopodis pv citri, a fim de se obterem informações básicas, passíveis de subsidiarem programas de manejo do minador-dos-citros, através da previsão da evolução da praga em diferentes regiões citrícolas do Estado de São Paulo. A pesquisa relacionada à bioecologia de P. citrella, foi desenvolvida nos laboratórios e casa-de-vegetação do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” (ESALQ),da Universidade de São Paulo (USP). O estudo relacionado ao papel do inseto na disseminação da bactéria do cancro cítrico, X. axonopodis pv citri, foi conduzido na Estação Experimental do Instituto Biológico de SP, no município de Presidente Prudente, SP. A metodologia desenvolvida, utilizando-se plantas de limão-cravo (Citrus limonia), cultivadas em “tubetes”, como hospedeiro de P. citrella, mostrou-se adequada à criação contínua do inseto em laboratório. As condições térmicas favoráveis à P. citrella variaram com o seu estágio de desenvolvimento, sendo as temperaturas de 25, 30 e 32°C, favoráveis à postura, desenvolvimento embrionário e complementação das fases larval e pupal, respectivamente. Com base nas exigências térmicas do inseto, constatou-se uma variação de 12,1 a 14,1 gerações no período de setembro a abril (período de brotações) nas regiões representativas da citricultura do Estado de São Paulo. A alternância de temperaturas, durante o desenvolvimento das fases imaturas e adulta de P. citrella, não influenciou sua fecundidade, enquanto que, a umidade relativa de 70% foi a mais adequada ao inseto. O minador-dos-citros preferiu ovipositar na superfície abaxial e na nervura principal das folhas de citros com comprimento entre 0,6 e 2,0 cm, tais ovos foram colocados, em maior quantidade, no terço apical e porção mediana da área foliar. Ficou evidente que há uma estreita relação entre as lesões nas folhas, provocadas por P. citrella, e a infecção da bactéria do cancro cítrico, X. axonopodis pv citri