Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1971 |
Autor(a) principal: |
Namekata, Takao |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144225/
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Resumo: |
O presente trabalho teve como finalidade o estudo comparativo entre o agente causal do Cancro cítrico, Xanthomonas citri (Hasse) Dow. e o agente causal de uma cancrose que ocorre somente em limoeiro Galego em pomares, muitas vêzes, constituídos de diferentes variedades ou espécies cítricas. Em condições naturais, a sintomatologia apresentada pelas duas bactérias em limoeiro Galego é muito semelhante, consequentemente, ela não serve como base para separação segura das bactérias em questão. Por essa razão, no que se refere ao método de controle, as medidas pertinentes ao plano de erradicação do Cancro Cítrico eram discriminadamente aplicadas a qualquer caso de ocorrência de cancroses em citros. Êste fato trouxe uma série de problemas e tornou indispensável o esclarecimento da natureza do agente causal da Cancrose do limoeiro Galego (CLG). Os estudos comparativos visando a identificação da bactéria da Cancrose do limoeiro Galego (BLG), foram feitos através de exames morfológicos, testes em meios diferentes, testes com bacteriófagos tidos como específicos para XC, testes de patogenicidade e testes serológicos. Nos testes serológicos foram incluídos os isolamentos de agente da Cancrose B, X. carotae, X. manihots, X. phaseoli f., fuscans, X. vesicatoria e P. Solanacearum a fim de se obter informações sôbre a relação antigênica existente entre as bactérias testadas. Os testes diferenciais em meios de cultura, juntamente com os exames morfológicos demonstraram que BLG pertence ao gênero Xanthomonas. Estudos realizados com os bacteriófagos Cp-1 e Cp-2 indicaram que a maioria dos isolamentos de XC testados são lisados por Cp-2, apenas um por Cp-1 e outros poucos imunes a ambos, enquanto que para os isolamentos de BLG, assim como agente da Cancrose B não foi observada formação de placas de lise. Os testes de patogenicidade realizados demonstraram que XC e a suposta agente causal da Cancrose B produzem sintomas em tôdas as 15 variedades cítricas testadas, embora o isolamento causador da Cancrose B, apresentasse um comportamento diferente em certas variedades. Por outro lado, BLG teve um comportamento diferente, sendo bastante patogênica para limão Galego e pouco patogênico para lima da Pérsia, limão Tahiti, limão Euraka e limão Siciliano, em inoculações com ferimentos, como também não produziu sintomas em outras variedades cítricas testadas, apesar de inoculações sucessivas. Portanto, do ponto de vista da patogenicidade, a BLG é diferente tanto de XC como também do agente causal, da Cancrose B. Quanto ao agente da Cancrose B, ha necessidade de outros estudos para melhor conhecimento dêsse patógeno. Os antissôros para XC e BLG obtidos mediante a inoculação em coelhos foram testados com as duas bactérias em questão, como também com os isolamentos de X. carotae, X. manihotis, X. phaseoli f., fuscans, X. vesicatoria e P. solanacearum. Foram obtidas reações positivas para ambos os antissôros quando testados com XC, BLG, X. carotae e X. manihotis. Nos testes homólogos, os títulos dos antissôros foram sempre bem mais elevados que nos testes heterólogos, porém êste dado, independentemente, foi considerado insuficiente para separar bactérias que apresentam componentes antigênicos comuns. Os testes serológicos de dupla difusão, em agar cruzados, com absorção e de imunoeletroforese permitiram a demonstrar que a BLG é bem diferente de XC. Os resultados obtidos no presente estudo demonstraram que BLG, em muitas características pouco difere de XC e levando-se em consideração a tendência geral dos taxonomistaas modernos, isto é, de reduzir ao máximo o número de espécies quando possível acredita-se que não há razão para considerar bactéria em questão como uma espécie nova. Porém, os diferentes testes demonstraram haver diferença patente ao nível intraespecífico. Assim sendo, sugere-se que seja considerada como uma forma especial de XC com a designação de Xanthomonas citri (Hasse) Dow. n. f. sp. aurantifolia para BLG. |