Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Severino, Thiago Saveda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-22072022-125402/
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Resumo: |
O presente estudo buscou apreender a influência e o impacto da ideia de masculinidade hegemônica na vivência e identidade de homens gays. A pesquisa, qualitativa, contou como técnicas, com a coleta de relatos escritos de experiência pessoal; entrevista semiestruturada e utilização de imagens. Os participantes deste estudo foram 8 homens gays com idade entre 28 e 41 anos que se deslocaram de cidades do interior de estados brasileiros para a capital de São Paulo. No tocante aos resultados pode ser observado que a construção da identidade gay desses homens se dá a partir de um padrão hegemônico de masculinidade. Nesse processo, há uma constante negociação da visibilidade e invisibilidade de seus corpos, tendo como objetivo a construção de uma imagem de homem hétero. Verificou-se entre os entrevistados, vivências comuns de contextos marcados por ações masculinizantes, implícitas e explícitas, coordenadas por setores diversos da sociedade, dentre os quais, o ambiente escolar e a esfera doméstica. Do mesmo modo, a violência, sempre presente na memória, como forma de orientar e supervisionar as suas experiências de vida; o trânsito do corpo como uma passagem de reconhecimento de si e para a liberdade; o toque sendo descrito como um elemento importante no desenvolvimento do afeto e na descoberta do corpo de si e do outro. Por fim, o afeto entre homens é revelado como um elemento sob o controle da sociedade, sendo autorizado ou não, assim como o desejo, o qual, por um lado, é compreendido como via de prazer, por outro, é visto como algo proibido pela sociedade. É possível concluir do estudo que os homens entrevistados se apropriam de comportamentos que expressam aspectos marcantes da masculinidade hegemônica. No corpo é circunscrito os signos da masculinidade e pelo corpo eles demarcam e revelam sinais relacionados à masculinidade: virilidade, potência sexual, força, rigidez. Corpos musculosos, joviais e com pelos suportam os aspectos simbólicos intrínsecos e necessários para mantê-los passáveis como héteros, garantindo-lhes alguns dos privilégios dados aos homens heterossexuais que ocupam o alto topo da hierarquia no tocante ao modelo de masculinidade. Para tanto, há uma constante produção de uma masculinidade cuja baliza tem como medida a heterossexualidade, considerada por eles como um fato natural. Observa-se entre os participantes que as masculinidades que mais legitimam são, portanto, aquelas heterocentradas |