Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Mello, Luiz Henrique Cruz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-13112015-164901/
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Resumo: |
Foi realizada a investigação cladística dos Bouchardiinae (Brachiopoda, Terebratellidae), braquiópodes comuns no registro fóssil cenozóico da Argentina, Uruguai, Antártica, Nova Zelândia e Austrália, bem como, atualmente, na plataforma brasileira. A história geológica do grupo remete ao limite Cretáceo/Terciário. O estudo teve como objetivo central demonstrar que a análise das feições morfológicas internas e externas de conchas fósseis e atuais de braquiópodes possibilita a realização de estudos cladísticos. Para atingir esse objetivo foram avaliadas as relações de parentesco e a sistemática dos Bouchardiinae (Família Terebratellidae), bem como o escopo de seus gêneros. A análise envolveu os gêneros Bouchardia, Bouchardiella, Neobouchardia e Malleia, tendo como grupo externo Adnatida, Aliquantula, Anakinetica, Australiarcula, Elderra, Magadina, Magadinella, Parakinetica, Pilkena, Pirothyris e Rhizothyris. A análise contou com 22 táxons (grupo interno e externo) e 43 caracteres. O cladograma (CI= 0,714; RI= 0889; RC= 0,635) escolhido como proposta de trabalho apresentou topologia bem resolvida, com dois clados bem distintos. Um deles, reúne todos os Bouchardiinae, tendo Malleia portlandica como táxon basal, o outro agrupa os Anakineticinae, incluindo Australiarcula artesiana. Entre os Bouchardiinae, a única indefinição ficou por conta das espécies Bouchardia rosea e Bouchardia transplatina, o que reforça a suspeita de serem sinônimos. Entre os táxons do grupo externo destaca-se a posição basal de Australiarcula artesiana. Os resultados obtidos permitiram considerar que: a) a análise morfológica interna e externa de conchas de braquiópodes fósseis e viventes fornece dados morfológicos adequados à análise cladística; b) existem 2 clados distintos no cladograma escolhido como hipótese de trabalho, um representativo dos Bouchardiinae e outro dos Anakineticinae, incluindo Australiarcula artesiana, o que esclarece, de momento, a dúvida quanto a posição desse gênero; c) a condição dos táxons enquanto gêneros válidos e distintos foi reavaliada e foi proposta a sinonímia entre Bouchardiella e Neobouchardia, em favor da primeira; d) Bouchardia rosea e Bouchardia transplatina não apresentaram diferenças morfológicas significativas e, somando-se a isso, sua posição na topologia obtida sugere sinonímia entre os táxons, em favor de Bouchardia rósea (Mawe), 1823; e) o monofiletismo dos Bouchardiinae foi corroborado; f) foram confirmadas as 3 sinapomorfias já sugeridas pela literatura, isto é, espessamento posterior, processo cardinal em forma de \'V\' e braquídio incompleto; g) a topologia obtida suporta a sugestão de que Bouchardia rosea e Anakinetica cumingi apresentam morfologia semelhante por compartilharem modos de vida similares e não por parentesco próximo; h) a proposta de classificação mais adequada para os Bouchardiinae parece combinar opiniões de RICHARDSON (1994) e BRUNTON(1996), tornando válida a Subfamília Bouchardiinae, composta por Bouchardia, Bouchardiella e Malleia; i) a despeito da falta do registro estratigráfico de parte da história evolutiva dos Bouchardiinae, foi identificada a evolução em paralelo de dois grupos, um deles, de duração mais curta e restrito à Austrália e Nova Zelândia, formado por Bouchardiella cretacea, Bouchardiella (Neobouchardia) minima e Malleia portlandica, e outro, formado por Bouchardiella patagonica, Bouchardiella jorgensis e as espécies de Bouchardia, persistindo até o Recente, tendo se desenvolvido entre a Península Antártica e a costa leste da América do Sul; j) além do padrão geral de migração das espécies de Bouchardia para o norte, foram identificados alguns passos intermediários nesse modelo, principalmente quanto à migração de Bouchardia da Terra do Fogo (Argentina) para a Península Antártica; assim, o modelo de \"contínua migração das espécies para o norte, sem retenção de suas localidades prévias\" estaria parcialmente descartado, não invalidando, contudo, o padrão geral de migração para o norte. |