Correlação entre o grau de displasia coxofemoral e análise cinética da locomoção de cães da raça Pastor Alemão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Souza, Alexandre Navarro Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-15012010-085532/
Resumo: A displasia coxofemoral (DCF) é uma doença poligênica, hereditária que acomete várias espécies e é influenciada por diversos fatores durante o desenvolvimento causando incongruência articular. É uma das afecções ortopédicas mais comuns em cães e possui alta incidência em animais da raça Pastor Alemão. O objetivo desse estudo foi correlacionar o grau de severidade da DCF com a locomoção dos cães através da análise cinética pelo sistema de baropodometria (Tekscan®) que propicia de modo quantitativo os valores das forças verticais de reação ao solo verificando assim alterações no apoio de cães displásicos durante a locomoção. Foram formados 5 grupos de acordo com a classificação de DCF segundo as categorias A, B, C, D e E com 8 pastores alemães em cada. Os animais foram examinados para controle e descrição dos sinais apresentados, bem como realizaram o teste de análise cinética do qual foi retirado 5 passagens válidas sobre a plataforma múltipla para comparação entre as forças de reação ao solo (FRS). Na análise cinética foram avaliados: - pico de força vertical (PFV), impulso vertical (IV) e tempo de apoio (TA) com a velocidade constante entre 1,3 a 1,6 m/s. Além da metodologia convencional foi realizada a análise de cada região de apoio, a fim de verificar a distribuição das FRS nos coxins e dígitos. Dos resultados obtidos nota-se uma tendência a diminuição progressiva do PFV nos membros pélvicos (MPs) a partir do grupo de cães com displasia leve (C) e o impulso se apresentou diminuído nos cães displásicos sem qualquer correlação com a severidade da doença. Nenhuma compensação relevante foi encontrada nos membros torácicos (MTs) e não houve diferença entre o TA em cães displásicos. A simetria entre o lado direito e esquerdo foi constatada em todos os grupos pela análise convencional. A nova metodologia permitiu a descrição detalhada do padrão da curva de força em formato de M realizada pelo coxim no inicio do apoio e pelos dígitos em um segundo momento. Entretanto dada a variabilidade e assimetria do apoio nessas regiões pode-se inferir que o coxim dos MTs têm maior porcentagem de apoio em relação aos dos MPs e essa distribuição não é afetada de modo regular na DCF. Os sinais clínicos apresentados ao exame físico como a dor, claudicação, atrofia muscular e diminuição de amplitude articular, corroboram com a diminuição do apoio em cães displásicos. Conclui-se que de acordo com o grau de severidade da DCF os animais têm uma tendência a apoiarem menos nos MPs, entretanto deve-se levar em conta a condição individual de cada animal, pois há cães displásicos que possuem o mesmo padrão de apoio de cães livres de DCF.