Hipertensão arterial em militares adultos jovens da Força Aérea Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Wenzel, Daniela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-23012024-172413/
Resumo: Introdução: A hipertensão arterial está associada a riscos maiores de mortalidade e incapacidade, influenciando na qualidade de vida. Objetivo: - Identificar a associação da hipertensão arterial com variáveis biológicas, socioeconômicas e comportamentais em militares adultos jovens de unidade da Força Aérea Brasileira, situada em São Paulo. Metodologia: Foram estudados 380 militares do sexo masculino com idade entre 20 - 35 anos. O local de estudo foi uma unidade militar da aeronáutica. Para coleta de dados, foi realizada uma entrevista onde se aplicou um questionário com dados sócio-econômicos, antropométricos e valores da aferição da pressão arterial. A hipertensão arterial é definida por valores iguais ou maiores de 140 mmHg para pressão arterial sistólica e iguais ou maiores de 90 mmHg para pressão arterial diastólica. Inicialmente a pressão arterial diastólica e a pressão arterial sistólicas foram estudadas separadamente. Para verificar a associação dessas variáveis com as variáveis explanatórias foi utilizado o modelo de regressão linear e o modelo de regressão logístico, adotando-se nível de significância de <=5%. Para verificação da associação entre as variáveis explanatórias e a hipertensão arterial utilizou-se modelo multivariado hierárquico \"stepwise\" \"backward\", adotando-se p descritivo <=5%. Resultados: A freqüência da hipertensão arterial foi de 21,6%. Quando se considerou cada componente da pressão arterial, separadamente, concluiu-se que a freqüência da hipertensão arterial diastólica foi de 21,1% e da hipertensão arterial sistólica foi de 6,8%. Em relação aos componentes da pressão arterial, verificou-se que as variáveis que se associaram positivamente a pressão arterial diastólica foram % de gordura (coletada através da impedância bioelétrica), fumo, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura e se associaram negativamente atividade física e escolaridade. Quanto à pressão arterial sistólica, as variáveis que se associaram positivamente foram % de gordura, índice de massa corporal e circunferência da cintura e a variável que teve associação negativa com a pressão arterial foi anos de trabalho na aeronáutica. As variáveis que se associaram à hipertensão arterial foram IMC (p<0,001) e fumo (p<0,02) que tiveram uma associação positiva em relação à hipertensão arterial, e a atividade física (p<0,02), que associou-se de forma negativa à hipertensão arterial. Conclusão: As variáveis que se associaram a hipertensão arterial foram IMC, fumo e atividade física. Quanto ao fumo, o grupo de maior risco foi ex-fumantes; quanto à atividade física, o grupo mais protegido em relação à hipertensão arterial foi o de militares que realizam atividade física exclusivamente no quartel. Quanto ao IMC, verificou-se associação positiva com a hipertensão arterial.