Participação do óxido nítrico na hipertensão do avental branco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Alves, Leila Maria Marchi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17012007-154726/
Resumo: Hipertensão do avental branco significa uma elevação persistente da pressão arterial no consultório médico ou clínica, com pressão normal em quaisquer outras circunstâncias. Existem diversos questionamentos a respeito da origem, significado clínico, prognóstico e tratamento desta manifestação. Em relação à etiologia, nossa hipótese é que uma alteração endotelial, resultando em deficiência na produção ou utilização de óxido nítrico endógeno, constitua um fator primário para a ocorrência da hipertensão do avental branco. Este estudo, desenvolvido entre moradores do município de Dumont - São Paulo, Brasil, teve como objetivos caracterizar os participantes em relação a fatores demográficos, alterações fisiológicas e metabólicas para posteriormente identificar e comparar os níveis plasmáticos de nitrato - produto da degradação do óxido nítrico ? entre os sujeitos da pesquisa. De uma amostra de 441 voluntários, selecionamos 109 indivíduos, que foram divididos em três grupos: normotensão (no=58), hipertensão essencial (no=33) e hipertensão do avental branco (no=18), após medidas de pressão arterial com aparelho oscilométrico e exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. Realizamos entrevista, mensuração de dados e coleta de exames laboratoriais para comparação das variáveis encontradas entre os grupos. Para o tratamento estatístico, foram utilizados os testes ANOVA e Tukey. Os resultados foram expressos como médias ± erros padrões das médias. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas para p<0,05. A prevalência de hipertensão do avental branco foi de 34,1%, com predominância do sexo feminino (83,3%), média de idade de 45,28 anos, sendo a maioria natural do Estado de São Paulo (66,7%), de cor branca (88,9%), alfabetizada (33,3%), casada (72,2%), com histórico familiar para doenças cardiovasculares (72,2%). A análise da quantificação de nitrato plasmático apontou diferença significativa entre os grupos hipertensão do avental branco e normotensão em comparação aos hipertensos, com elevação dos níveis de nitrato sérico em portadores de hipertensão essencial. Também encontramos diferença estatisticamente significativa para índice de massa corporal, relação cintura/quadril, glicemia e creatinina plasmáticas, na comparação entre hipertensos do avental branco e normotensos. As distinções observadas entre os grupos e a presença de variações clínicas, demográficas e bioquímicas possibilitam inferir que a hipertensão do avental branco é uma condição que deve ser analisada de maneira distinta em relação a indivíduos normotensos e portadores de hipertensão essencial.