Modificação da consistência alimentar, nível de aceitação, de hidratação e estado nutricional em indivíduos disfágicos após acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Miranda, Vânia Bentes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-17112021-154719/
Resumo: Introdução: indivíduos acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem apresentar o quadro de disfagia orofaríngea, o que acarreta riscos de engasgos, infecções pulmonares, desidratação e deficiências nutricionais, sendo que alterações de consistências alimentares podem prejudicar o paladar, contribuindo para um déficit nutricional e de hidratação. Objetivos: verificar a influência do nível de aceitação alimentar e hídrico, após modificação da consistência, no estado nutricional dos pacientes após AVC, além da relação entre a aceitação com as características da dieta ofertada. Metodologia: estudo do tipo transversal, desenvolvido no Hospital de Base de Bauru após aprovação do comitê de ética em pesquisa, consistindo na inclusão de pacientes a partir de 18 anos, com diagnóstico de AVC e sinais clínicos de disfagia orofaríngea, e clinicamente estáveis. Foram excluídos pacientes em uso de via alternativa de alimentação. As avaliações nutricionais foram realizadas em 3 momentos, sendo composta por aferição de peso e de altura, além das medidas da massa muscular e massa gorda, através do exame de bioimpedância elétrica. Também foi analisada a aceitação da dieta por meio de registros feitos pelos acompanhantes diariamente, com as refeições servidas, além dos resultados de exame de sódio prescritos pela equipe médica, para verificar nível de hidratação. Os dados foram analisados estatisticamente através do coeficiente de correlação de Spearman para correlacionar as variáveis, e análise de variância, considerando nível de significância <0,05. Resultados e Conclusão: amostra composta predominantemente por idosos, do sexo masculino, hipertensos e diabéticos, apresentando boa aceitação da dieta ofertada após modificação da consistência, estado nutricional classificado como eutrófico, boa hidratação, nível de ingestão oral predominante com consistência única, e nível de acometimento neurológico leve. Não foram encontradas correlações da modificação da consistência alimentar com o estado nutricional, estado hídrico, de ingestão oral e de aceitação alimentar dos indivíduos (p>0,05), tendo sido observada correlação positiva entre o estado hídrico e o nível neurológico no primeiro momento de avaliação (p=0,037 e r=0,32). Tais achados demonstraram que a modificação da dieta ofertada não influenciou o nível de aceitação dos alimentos, nem mesmo o estado nutricional e de hidratação, na população estudada.