Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ramalho, Alzimar Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-20082010-233513/
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Resumo: |
Esta tese traz reflexões sobre a construção do campo público da televisão brasileira tomando por base os sistemas adotados em países como Inglaterra, Japão, Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Venezuela e Brasil; localizando em cada experiência informações sobre a estrutura, os modelos de gestão e de financiamento, os instrumentos de participação popular e o perfil da programação. Especificamente no Brasil, apresentamos o percurso histórico das TVs públicas, pontuando dois momentos fundamentais: o primeiro, em 1995, quando as operadoras de TV a Cabo, em cumprimento da Lei da Cabodifusão, passaram a disponibilizar os canais básicos de utilização gratuita, garantindo a oferta de sinal para as TVs legislativas, comunitárias e universitárias e do Poder Judiciário, a partir de 2002. Estas, juntamente com as emissoras educativo-culturais que já exibem em sinal aberto, passaram a integrar o que se convencionou chamar de campo público da televisão. O segundo momento, em 2006, é marcado pelo Decreto que dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre. O documento prevê a destinação de canais para a exploração direta da União Federal e uma faixa entre os canais 60 e 69 para as emissoras públicas espaço esse ainda cobrado pelo segmento, que exibe majoritariamente no cabo. Nesse contexto, são apresentadas as especificidades da TV universitária enquanto mídia especializada do ensino superior, com foco nos objetivos de comunicação o ensino, a pesquisa e a extensão. Essas informações servem de base para cumprir nosso objetivo: compreender como o segmento vem construindo sua identidade, a partir do levantamento do perfil dessas TVs quanto à sua institucionalização, formas de gestão e financiamento, participação acadêmica na produção de conteúdo, programação e alternativas de veiculação. Para isso, realizamos uma pesquisa de campo e, em um universo de 1.662 instituições de ensino superior das cinco regiões brasileiras, localizamos 151 TVs. Embora, à primeira vista, essa presença pareça tímida, os resultados revelam um crescimento de 755%, tomando como referência o ano de 1995, quando as experiências de produção televisiva em ambiente universitário não passavam de 20 em todo o país. Os resultados desse levantamento apontam para uma realidade sobre a qual o segmento universitário ainda não vem dando a devida atenção: cresce o número de TVs operando no cabo, é intensa a luta por um espaço no espectro da TV digital aberta, mas as poucas experiências na web se limitam a postar os programas nos portais das instituições ou das próprias TVs. Ou seja, a web está relegada a um suporte secundário para a distribuição de conteúdo, na contramão da crescente migração dos telespectadores para a rede mundial de computadores. Assim, apresentamos uma proposta de WebTV universitária que vá além do processo de produção, mensagem e recepção, privilegiando o fluxo dialógico proporcionado por canais reais de interatividade, no qual o receptor pode também ser um produtor de informação. |