Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Marangão, Camilla Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48136/tde-23102020-170746/
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Resumo: |
O presente trabalho é o resultado da pesquisa de mestrado desenvolvida na área de ensino de Ciências na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo; trata-se de uma pesquisa qualitativa-interpretativa com base em Lüdke e André (2012). A nossa hipótese de investigação buscou verificar, por meio dos grafites na cidade de São Paulo, se é possível identificar a segregação socioespacial. Para tanto, nosso objetivo geral tomou os grafites presentes no Jardim São Luis (zona sul) e no Beco do Batman (zona oeste) para elaborar uma sequência didática aplicada a jovens, com idades entre 13 e 14 anos, do Ensino Fundamental II de uma escola pública da zona sul da capital. Com a finalidade de construir um perfil sociocultural, aplicamos questionários, e por meio de exercícios verificamos se os jovens conhecem a cidade e quais são as opções de lazer e cultura identificadas por esses alunos. A partir desses resultados e utilizando mapas mentais, compreendemos como os estudantes conhecem o bairro em que estudam e vivem. Em outras atividades, trabalhamos com leitura de imagens para discutir os conceitos de habitus e de capital cultural presentes na obra de Bourdieu (2017 e 2016), associadas aos conceitos de educação de Charlot (1996) e Dewey (1959 e 2010). Abordamos também o conceito de cidade apresentado por Santos (2014a e 2014b), além de indicar as contribuições da educação geográfica elaborada por Gomes e (2013 e 2017) Castellar (2010 e 2013). Para analisar as questões sobre o grafite, as cidades reais e imaginadas, nos baseamos em Argan (1998) e Benjamin (2012). A partir dos exercícios e posterior elaboração dos gráficos, obtivemos como resultados o fato de que grande parte dos estudantes desconhece a cidade de São Paulo, pois no contraturno ao período escolar, os alunos costumam ficar em suas próprias casas, por receio da violência presente no bairro. Enfim, esta pesquisa chegou à conclusão de que os alunos são capazes de reconhecer a relação direta entre os grafites e o local em que estão inseridos, pois o contexto presente nas imagens da periferia se refere a um discurso sobre o cotidiano vivido e isso se dá de forma bem diferente em outros lugares da cidade de São Paulo. |