Semiótica e tensividade: o fazer missivo, seus desdobramentos teóricos e modos de aplicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ribeiro, Camila dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-16112010-113122/
Resumo: Recentemente, a semiótica greimasiana vem assistindo ao desenvolvimento de uma nova posição quanto à abordagem do universo de sentido. A chamada semiótica tensiva, desenvolvida principalmente por Claude Zilberberg, traz à baila a discussão de alguns problemas não explorados ou não esclarecidos pelo modelo de Greimas como, por exemplo, a possibilidade da análise dos conteúdos sensíveis ao lado dos conteúdos inteligíveis esses já contemplados pelo percurso gerativo do sentido canônico; ou ainda o movimento de transvalorização de um nível a outro. Em meio a tamanha renovação do modelo greimasiano, Zilberberg publica, em 1986, o texto Pour introduire le faire missif, contido na revista de estudos semióticos RSSI. Logo de início, Zilberberg nos apresenta o conceito de missividade como uma tentativa de dar à sintaxe seu espaço merecido na teoria semiótica, de modo que aquela não mais fosse vista apenas como mobilizadora da semântica e sim como possuidora de uma atividade que lhe é própria. A missividade é então dividida em dois fazeres básicos: um remissivo, o qual promoveria a parada, e um emissivo, o qual instituiria a parada da parada. É ao encontro do conceito de missividade introduzido por Claude Zilberberg e ao seu posterior caminhar na semiótica tensiva que nossa pesquisa se apresenta. Em paralelo, nos utilizaremos de textos literários de dois autores contemporâneos brasileiros Delmo Montenegro e Valêncio Xavier para a aplicação prática do fazer missivo e outros conceitos tensivos. Ao longo de nossa dissertação caminharemos, pois, em duas direções: a releitura e síntese do desenvolvimento do conceito de missividade no modelo tensivo e a extensão e vantagem de sua aplicação em textos literários.