"Condutas explicativas/justificativas no discurso da criança em jogo de ficção com fantoches"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Costa, Terezinha de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-18072006-151214/
Resumo: Autores neopiagetianos como, por exemplo, Stambak et al. (1990), Verba (1999), Gardner (1994), Flavell (1999), Astington (2003) não têm medido esforços para mostrar o percurso e a importância do jogo simbólico para o desenvolvimento integral da criança. Nesta linha de raciocínio, o presente trabalho enfatiza o papel do jogo de ficção (Stambak et al. e Verba) nas produções discursivas infantis (Veneziano e Hudelot, 2002), reiterando a tese da força motriz do imaginário no e para o desenvolvimento da linguagem na criança. Considerando, portanto, que é pela manifestação de suas ações, sentimentos e emoções que o indivíduo atua sobre o outro, estamos admitindo que a linguagem assume um papel de destaque no processo de comunicação, pois garante diferentes operações intelectuais, e possibilita a criação de mundos e, conseqüentemente, de perspectivas. É ainda por meio da linguagem que o pensamento se organiza, que a criança se identifica como pessoa, argumenta, explica e/ou justifica, quando interage com o meio em que vive. Logo, seu estudo não pode estar desvinculado de suas condições de produção. Com este propósito, e no quadro de uma abordagem funcional e interacional, observamos as condutas explicativas e justificativas (CEJs), que aparecem durante o jogo de ficção com fantoches, onde os espectadores da animação são a própria criança, o boneco e o adulto, na construção do imaginário, na prática do “querer-fazer" e do “fazer-fazer". Assim, os resultados apontam para um número significativo de CEJs motivado pela linguagem e pelo prazer lúdico. O real e o imaginário aliam-se e criam um cenário onde a criança conquista, forma e domina novos territórios, promovendo o seu crescimento individual e coletivo.