Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Thiago |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11122023-165331/
|
Resumo: |
O jornalismo passa por transformações estruturais desencadeadas por uma ampla reconfiguração de forças tecnológicas e econômicas, comumente descritas como crise. A presente pesquisa investigou como jornalistas articulam sentidos e discursos sobre a dita crise do jornalismo à luz de suas trajetórias profissionais. O objetivo foi ampliar a reflexão em torno do tema ao tratar a noção de crise no jornalismo como um conceito analítico, que molda entendimentos sobre identidades profissionais à luz das transformações do ofício, e como um fenômeno cultural, que mobiliza linguagem e discurso. Orientada por uma concepção interacionista de identidade e uma abordagem socioconstrucionista acerca da realidade social, a pesquisa explorou narrativas articuladas por jornalistas em torno da profissão, suas ideias comuns e modos de justificação, considerando o surgimento de novos padrões de comprometimento cívico e moral que caracterizam a atividade. A metodologia envolveu entrevistas semiestruturadas em profundidade com 12 jornalistas de diferentes faixas etárias, sendo seis empregados em Redações tradicionais de veículos impressos e seis que exerciam o jornalismo em ambientes profissionais distintos, como ONGs e veículos nativos digitais. Entre os achados da pesquisa estão a coexistência, nas narrativas dos profissionais, de sentidos de crise sobre a profissão dissociados de sentidos pessoais de crise profissional; a relevância de códigos culturais tradicionais sobre o ofício na articulação de discursos sobre a atividade; a presença de narrativas de fechamento (RIBEIRO, 2012) e de resistência em torno de identidades profissionais tradicionais; o emprego de discursos metajornalísticos nas apresentações cotidianas do self e a proeminência de questões de saúde mental entre os entrevistados. |