Identidade profissional dos jornalistas : histórias de vida na transição do período industrial para o pós-industrial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Lívia Guilhermano da
Orientador(a): Fonseca, Virginia Pradelina da Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198698
Resumo: Esta pesquisa trata da identidade profissional de jornalistas na passagem do período industrial para o pós-industrial. Nosso propósito é entender mudanças e continuidades na identidade de profissionais que vivenciaram as transformações sociais, econômicas, culturais, tecnológicas e, consequentemente, no mundo do trabalho jornalístico entre o final do século 20 e o início do século 21. As mudanças, ainda em curso, provocam uma reconfiguração do ecossistema midiático: passamos de um período de limitações técnicas e predominância da produção jornalística em escala industrial para uma era em que produzir informação está ao alcance de todos. Esse cenário leva a novas configurações de trabalho e coloca em questão a identidade profissional. Considerando que a identidade é construída e reconstruída em sucessivas socializações, nos propomos a estudar suas significações e ressignificações ao longo da vida de jornalistas, especialmente da entrada no mercado de trabalho até a atualidade. O método utilizado para isso foi a história de vida, uma das modalidades da História Oral. Realizamos entrevistas com seis jornalistas que iniciaram suas carreiras nos anos 1980 e 1970 e que ainda estão em atividade: Ana Estela de Sousa Pinto, Carlos Wagner, Elder Ogliari, Katia Perin, Marcelo Auler e Marcelo Canellas. A análise incide sobre três âmbitos manifestos no discurso desses jornalistas: a identidade para si, a identidade para o outro e as mudanças tecnológicas e no trabalho jornalístico. Os resultados da pesquisa apontam para a continuidade na identidade para si, com o predomínio da manutenção do ethos romântico no discurso dos jornalistas. Em relação à identidade para o outro, os sentidos dominantes encontrados são os de reconhecimento desses profissionais por seus pares.