Protocolo de reabilitação fonoaudiológica miofuncional para ronco e apneia do sono em adultos com fissura labiopalatina: proposta e validação de conteúdo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Hassegawa, Caroline Akemi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-18012023-130843/
Resumo: Os indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) mostram-se mais propensos a apresentar eventos respiratórios obstrutivos, como a apneia obstrutiva do sono (AOS), devido aos diversos procedimentos cirúrgicos aos quais são submetidos e às dimensões de vias aéreas superiores diminuídas. A AOS pode trazer danos à saúde, a longo prazo, e está associada a diversos aspectos miofuncionais orofaciais alterados. Contudo, não se encontram, até o momento, protocolos de intervenção terapêutica nessa área, voltados à população com FLP. Dessa forma, o objetivo foi propor um protocolo de tratamento fonoaudiológico miofuncional para o ronco e AOS, voltado a pacientes com FLP e validar seu conteúdo. Com base em 14 trabalhos prévios obtidos por meio de levantamento bibliográfico, uma versão preliminar do protocolo foi elaborada juntamente com 2 profissionais experientes em FLP. Em seguida, ele teve seu conteúdo validado por meio do método Delphi, com a participação de 9 painelistas. Cada um avaliou itens relativos ao conteúdo do protocolo por meio de duas rodadas de formulários, devendo classificá-los em uma escala de relevância e fornecer, caso necessário, comentários e sugestões. Foram calculados índices de validação de conteúdo individuais para cada item (IVC-I) e para o protocolo no geral (IVC-S). Para ser considerado concordância entre os painelistas, os itens deveriam atender ao valor de 0,78 para IVC-I e 0,90 para IVC-S. Houve 2 rodadas de formulários: Delphi I e Delphi II e as respostas foram analisadas quantitativamente e qualitativamente. No Delphi I, todos os itens receberam um IVC-I 0,78 e IVC-S = 0,94 e obteve-se 38 comentários significativos em conteúdo teórico e prático, que compuseram os itens a serem avaliados na segunda rodada. No Delphi II, o IVC-S = 0,76 e 63,2% tiveram IVC-I 0,78. Considerando-se fatores individuais das respostas dos painelistas e o caráter qualitativo do método Delphi, concluiu-se que não seria possível atingir um alto consenso entre eles e finalizou-se as rodadas de formulários. As principais contribuições dos painelistas se referiram ao momento de introdução de exercícios miofuncionais, à descrição de alguns itens e à frequência de alguns exercícios e treinos. O resultado gerou um protocolo final estruturado em 12 semanas, 24 sessões terapêuticas, com 2 sessões semanais, adaptado às alterações anatomofuncionais mais frequentes na FLP e teve seu conteúdo validado por um grupo de 9 especialistas, por meio do método Delphi. A etapa clínica é o próximo passo do processo de validação do instrumento.