O canônico em xeque na MPB: processos de legitimação e ideário de modernidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dantas, Laura Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MPB
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-13032017-100118/
Resumo: O ideário modernista de construção de uma identidade nacional no Brasil reverberou no âmbito político-ideológico dos anos 1960. Com o advento dos festivais de música televisionados, o processo de legitimação da sigla MPB perante a audiência estabeleceu um padrão estetizante, a partir de uma cadeia de instituições a serviço das classes dominantes. A edificação de uma MPB tornada canônica a partir da segunda metade do século XX parece resultar do que o historiador Eric Hobsbawn chamou de \"tradição inventada\", em que o sentido de superioridade das elites, inculcado nas demais classes, foi, assim, absorvido pela maioria. A presente pesquisa pretende observar de que maneira as instituições e os agentes culturais atuaram no processo de elitização das ideias de vanguarda que nortearam a MPB, e como, nos dias atuais, a perspectiva de \'evolução\' da sigla é entendida pelos agentes/instituições que, neste início de século, passaram a legitimar a Nova MPB. Esta pesquisa traça, assim, um pequeno esboço do ideário de modernidade da sigla, observando a sua trajetória paradigmática enquanto expressão simbólica de uma identidade nacional.